sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Polícia não descarta nenhuma linha de investigação no caso da turista alemã
A equipe da Polícia que investiga morte da turista alemã Jennifer Marion Nadja Kloker, encontrada morta na última quarta-feira (17), não descarta a possibilidade do crime ter sido motivado por vingança, envolvimento com drogas ou ter caráter passional. Apesar disso, a versão dada pela família, de que ela teria sido vítima de latrocínio - roubo seguido de morte, também está sendo investigada.
“Vamos investigar se pode ter sido crime passional, ameaça, ou tráfico de drogas. Vamos checar todas as informações trazidas para os autos, para só então dar um resultado”, falou o diretor de Operações da Polícia Civil, Osvaldo Moraes.
A polícia informou ainda que vai fazer na próxima semana a reconstituição do crime, mas ainda não definiu a data.
A direção de Operações da Polícia Civil já encaminhou ao Consulado Italiano no Recife um pedido de informações para saber a situação do casal no país em que viviam - ela estava casada há cinco anos com Pablo Tonelli, que nasceu em Pernambuco mas tem naturalidade italiana. A turista alemã, de 23 anos, foi encontrada morta na manhã da última quarta-feira (17), na BR-408, entre o bairro do Curado e a cidade de São Lourenço da Mata. O corpo da vítima trazia quatro marcas de tiros.
Jennifer Kloker, que trabalhava como cabeleireira na Itália, estava em um carro com o marido, o filho de dois anos e os sogros quando dois homens em uma moto abordaram o veículo, por volta das 21h da última terça-feira (16). De acordo com a polícia, eles estavam voltando do Terminal Integrado de Passageiros (TIP), onde foram comprar passagens para João Pessoa, na Paraíba. Os dois visitavam parentes dele no Recife.
Um dos criminosos teria entrado no carro da família e mandado que eles seguissem a moto. Mais adiante, ele ordenou que todos saíssem do carro, menos Jennifer, que permaneceu dentro do veículo.
O carro foi encontrado por trás da delegacia de São Lourenço e, nesta fase inicial da perícia feita pelo Instituto de Criminalistica (IC), impressões digitais foram encontradas e poderão ajudar a identificar os assassinos.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa está à frente da investigação. O viúvo, a mãe e o padrasto dele, que estavam juntos no momento da abordagem da dupla criminosa, já prestaram depoimento.
"Eu disse para o meu marido que era um assalto e pedi calma. Ela [Jennifer] perguntando o que se passava, o que se passava e já foi ficando nervosa, gritando. O [criminoso] que estava dentro do carro com o revólver apontado para minha direção disse que era para meu filho seguir aquela moto; em determinado momento, ele mandou a gente parar e minha nora, quanto mais a gente pedia calma, mais ela gritava. Ela tentou se agarrar com meu filho, o bandido pegou ela pelo cabelo e disse para a gente ir embora andando, sem olhar pra trás, e ela ficou no carro", conta a sogra da vítima.
A família tinha passagem de volta para a Itália marcada para o dia 20 de março.
Da Redação do pe360graus.com
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