O dono da Lotérica Esquina da Sorte, José Paulo Abend, de 49 anos, disse que também foi prejudicado pela aposta não feita nos números da Mega-Sena sorteados no final de semana passada pela Caixa Econômica Federal.
- Estou me sentindo envergonhado, lesado, sou uma das vítimas -, lamentou, ao sair da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Novo Hamburgo (RS), depois de prestar depoimento, na quarta-feira (24).
Uma imagem do Jornal da Record mostra uma funcionária chorando dentro da lotérica na noite de sábado.
O empresário afirma que também deixou de ganhar parte do prêmio porque ficou com quatro cotas não comercializadas do bolão.
- Não posso ser acusado de estelionato pois também havia jogado -, disse.
O caso dos apostadores que acertaram os números da Mega-Sena acumulada e não levaram o prêmio ocorreu no final de semana. Eles compraram 35 cotas de um bolão organizado pela lotérica e foram da euforia à frustração em poucas horas, do momento em que souberam o resultado ao momento em que descobriram que o jogo não havia sido repassado à Caixa Econômica Federal.
Outra cota teria sido adquirida por uma funcionária, e as quatro restantes teriam ficado com o dono da agência. Se os 40 participantes do bolão repartissem o prêmio, cada um ficaria com R$ 1,3 milhão.
Em seu depoimento, Abend atribuiu o erro a uma funcionária, dizendo que ela esqueceu numa gaveta os quatro bolões que tinha para registrar, inclusive aquele que continha os números que acabariam sorteados.
O delegado Clóvis Nei da Silva não descartou a hipótese de estelionato. Ele espera informações da Caixa para saber se a loja costumava registrar as apostas que vendia sob a forma de bolão. Também vai tomar depoimento de outros clientes e dos funcionários da agência nos próximos dias.
Ação
Os advogados de 21 dos apostadores estão estudando a ação que vão mover contra a lotérica e a Caixa para pedir o pagamento do prêmio aos seus clientes, possivelmente na semana que vem.
Depois de anunciar que solicitariam o bloqueio do valor, eles optaram por posições mais cautelosas hoje.
- Há várias hipóteses em estudo -, ressaltou o advogado Marcelo Luciano da Rocha. - Vamos escolher a melhor forma de garantir os direitos de nossos clientes.
Do R7, com Agência Estado
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