Do Jornal do Commercio
Por meio da reconstituição do crime e de perícias técnicas, a Polícia Civil pretende averiguar se é verdadeira a versão da morte da turista alemã Jennifer Marion Nadja Kloker, 23 anos, apresentada por familiares dela. De acordo com relato feito pelo companheiro da vítima e pelos pais dele, Jennifer foi morta após ser levada por dois ladrões, na terça-feira, na BR-408, no Curado, Zona Oeste do Recife. Apesar de a polícia afirmar que essa é a principal hipótese investigada, outras possibilidades, como crime passional ou morte relacionada ao tráfico internacional de drogas, ganham força.
“Qualquer contradição entre os depoimentos das testemunhas será dissipada pela reconstituição do crime”, afirmou o delegado Joselito Kehrle, gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A reconstituição deve ser realizada na manhã da próxima segunda-feira. Jennifer foi encontrada com quatro tiros na região do tórax, em um matagal às margens da BR-408. Segundo relato de familiares, após demonstrar nervosismo, ela foi levada no carro roubado pelos criminosos e apareceu morta na manhã seguinte. O veículo alugado, um Gol, foi achado perto da Delegacia de São Lourenço da Mata, no Grande Recife.
“É uma investigação difícil. As perícias podem corroborar a versão apresentada pelos familiares. Vamos saber se alguma pessoa diferente ingressou no veículo. Pela perícia no local do crime e com o trabalho do IML (Instituto de Medicina Legal) saberemos se houve abuso sexual ”, disse o diretor-geral de Operações da Polícia Civil, Osvaldo Morais. Por meio da busca de vestígios de pele debaixo das unhas da vítima, a polícia também poderá saber se Jennifer lutou com os agressores. Além disso, a polícia deve verificar o circuito interno de câmeras do Terminal Integrado de Passageiros (TIP), de onde a família disse estar voltando na hora do crime, e pedir informações às embaixadas da Alemanha e da Itália sobre Jennifer e seu companheiro, o brasileiro naturalizado italiano Pablo Tonelli.
DELEGADOS - Dois delegados, Alfredo Jorge e Antônio Rezende, foram designados para investigar o caso. “Vamos aproveitar essas 48 horas após o crime, fundamentais para a coleta de provas e para que não se percam os vestígios deixados pelo criminoso”, disse Osvaldo Morais.
Até a noite de ontem, nenhum familiar havia ido ao IML liberar o corpo de Jennifer. Só o Consulado da Alemanha no Recife havia ligado para o IML. Funcionários do consulado disseram estar em contato com a família da moça, mas afirmaram que estavam proibidos de dar mais informações sobre o caso.
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