quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Marido e sogro da turista alemã estão presos em celas separadas


Marília Banholzer
Do JC Online


Delegados da Polícia Civil informam que não vão mais repassar informações sobre o caso para a imprensa
Foto: Marília Banholzer/JC Online ATUALIZADA ÀS 16h58

Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (23), no prédio sede da Polícia Civil (PC) de Pernambuco, na Rua da Aurora, Centro do Recife, o gerente de operações da PC, delegado Oswaldo Moraes e o gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Joselito Amaral, confirmaram a prisão do marido e do sogro da turista alemã encontrada morta na Quarta-Feira de Cinzas (17), às margens da BR-408, em São Lourenço da Mata.

Na ocasião, os delegados informaram que a dupla está detida em celas separadas na sede do DHPP, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife. Essa foi uma das poucas informações que a polícia repassou sobre o caso durante a coletiva desta tarde. Durante entrevista, os delegados não informaram o motivo que levou à prisão dos dois. "Se a gente prendeu é porque havia indícios para isto", comentou Oswaldo Morais.

Os dois foram detidos na manhã desta terça-feira, na casa de um irmão da mãe do suspeito, em Afogados. O mandado de prisão havia sido solicitado pela polícia e expedito pela juíza de São Lourenço da Mata, Marinês Marques Viana, deste a última sexta-feira (19).

Padrasto e filho devem ficar presos por um período de 30 dias, e estão impossibilitados de deixar o Brasil. Pablo Tonelli, 22 anos, e seu padrasto, Ferdinando Tonelli chegaram algemados à sede da DHPP, além de escoltados por quatro policiais. O sogro da vítima teve as algemas retiradas pois alegou ter problemas de saúde. "Não houve resistência alguma, parecia até que eles já esperavam que nós tomássemos essa medida", avaliou Joselito Amaral.

A mãe de Pablo não foi presa. Delma Tonelli foi internada no domingo (21), com um AVC, mas teve alta nessa segunda-feira (22). O advogado contratado pela família, Célio Avelino, diz que as medidas tomadas pela juíza são desnecessárias e causam constrangimento ilegal.

Ainda de acordo com a polícia, a imprensa não terá acesso a novos dados sobre o caso. Segundo eles, o excesso de informação está atrapalhando as investigações. "Sempre que a mídia divulga algum indício sobre o caso, os suspeitos encontram um álibi para se livrar da acusação. Por causa disso, a investigação segue em segredo de justiça", declarou Oswaldo Morais.

A Polícia Civil informa que pretende concluir as investigações até o próximo dia 16 de março. A vítima Jennifer Marion Nadja Kokler, de 22 anos, foi encontrada morta na última quarta-feira (17), às margens da BR-408, em São Lourenço da Mata, com três tiros no peito direito. Segundo os responsáveis pelo caso ainda não foi descartada nenhuma hipótese para motivação do crime.

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