
O governador Eduardo Campos (PSB) evitou comemorar o convite do presidente Lula (PT) ao presidenciável do PSB, Ciro Gomes, para que o socialista participe de sua sexta visita a Pernambuco neste ano. “Vamos falar da transposição (do Rio São Francisco, motivo da vinda de Lula). É uma alegria recebermos o presidente mais uma vez para ver uma obra que muitos prometeram, que muitos falaram, e que coube ao presidente tirar do papel”, desconversou Campos.
Nos bastidores, entretanto, os aliados do governador enalteceram o gesto, argumentando que, com isso, Lula sinalizou que vai de fato avalizar duas candidaturas dentro da base de sustentação do seu Governo. “Leia os símbolos”, profetizou um governista.
Prevista para ontem, a definição sobre um novo roteiro de inaugurações do governador pelo Sertão ficou para hoje. “Amanhã (hoje) até as 10h eu defino isso. Depende da minha agenda no sábado. Estou tentando remover um encontro que eu teria aqui, importante, para a segunda-feira, para poder ficar no Sertão na sexta, sábado e uma parte do domingo. Se não for possível, terei que voltar já na sexta”, disse Eduardo. Caso fique no Sertão depois que terminar a programação de Lula, o governador passará pelos municípios de Serrita, Mirandiba, Carnaubeira da Penha, Itacuruba e Betânia.
PRESSÃO
Questionado sobre a pressão que o PSB vem sofrendo por parte dos petistas em vários estados para abortar o projeto de lançar Ciro Gomes candidato a presidente, Eduardo Campos foi taxativo. Presidente nacional socialista, o governador de Pernambuco disse que já falou “várias vezes sobre isso”. “Não tem nenhuma novidade a declarar, não tem nenhuma matéria nova. Já falei com vocês sobre isso. Vocês noticiaram a conversa interna que tivemos dentro do PSB e as conversas com o presidente Lula”, rebateu Campos.
ARTHUR CUNHA(FOLHA DE PERNAMBUCO)
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