sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Depois das críticas, a harmonia
Depois de ter criticado o que considera um “excesso de fiscalização” por parte dos órgãos de controle, o governador Eduardo Campos (PSB) se esforçou, ontem, para passar uma imagem de harmonia entre o Executivo Estadual e as entidades fiscalizadoras. Para tal, levou o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Severino Otávio; o procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Varejão; e o secretário de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU) em Pernambuco, Evaldo Araújo, para uma vistoria nas obras do sistema Pirapama de Abastecimento de Água e do Hospital Metropolitano Sul Dom Hélder Câmara. Ao final, Campos fez questão de agradecer o apoio dos órgãos para viabilização de Pirapama, dizendo que “todos são parte dessa obra”.
Também estiveram nas vistorias o presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT); o presidente em exercício do Tribunal de Justiça, Bartolomeu Bueno; o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB); o vice-prefeito do Recife, Milton Coelho (PSB); o presidente da Câmara Municipal, Múcio Magalhães (PT), além de secretários estaduais, deputados estaduais, vereadores e lideranças. Pirapama está entre as obras superfaturadas, conforme auditoria do TCU, fato que levou o presidente Lula a também criticar o rigor nas fiscalizações nos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Quero agradecer a todos que têm ajudado essa obra a virar realidade. Aos que nos ajudam no financiamento no Governo do presidente Lula (que disponibilizou 40% dos recursos), à nossa equipe, à Assembleia Legislativa, ao Tribunal de Contas, ao Poder Judiciário, ao Ministério Público. Todos os poderes constituídos são parte dessa obra. Essa obra é do Estado. Só é possível tocar uma obra deste tamanho se houver colaboração dentro da independência que deve marcar a relação, mas, sobretudo, dentro do espírito de colaboração”, destacou Eduardo Campos.
Eduardo Campos rechaçou a hipótese de que ele teria organizado a vistoria para selar a paz entre os poderes. Lançou mão de dois argumentos para justificar o ato: a “grandiosidade” de Pirapama e a necessidade de levar os chefes dos poderes para conferir a obra in loco. “Acho que é importante que todos conheçam, vejam de perto, testemunhem muitos pernambucanos que estavam parados e estão trabalhando. Qual a fábrica que emprega tanta gente? O pico dessa obra será em torno de dois mil empregos”, salientou.
Questionado se considerava Pirapama a ação mais importante de sua gestão, o governador não perdeu a oportunidade de provocar a oposição. “Pernambuco passou do tempo de uma só obra importante. Temos muitas obras importantes a um só tempo”, cutucou Eduardo, fazendo uma comparação com a duplicação da BR-232, feita no Governo Jarbas. “Minha maior obra é pagar em dia, gerar emprego e fazer aquilo que muitas pessoas tiveram oportunidade de fazer e não fizeram”, finalizou.
ARTHUR CUNHA(FOLHA DE PERNAMBUCO)
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