quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Eduardo sai em defesa das viagens


GOIANA - Depois de o novo advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, defender as viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra-candidata Dilma Rousseff (PT/Casa Civil) para fiscalizar obras do PAC, foi a vez do governador Eduardo Campos (PSB) reforçar o posicionamento em favor dos aliados. Ontem, após cumprir agenda em Goiana, o socialista acusou a oposição no plano nacional de estar “sem assunto”. Na sua opinião, os adversários do presidente deveriam propor um debate acerca do desenvolvimento do País e não insistir no tema.


“Isso é uma falta de assunto que agride a consciência da sociedade brasileira. Tem quadros na oposição que poderiam fazer um debate muito mais interessante. Discutir o grande desafio para a manutenção do crescimento num patamar que inclua a população, que reduza as dificuldades. Discutir a política macroeconômica, a política monetária, a expansão de crédito, de investimento. Acho que isso é muito mais interessante do que encher o jornal de ‘coisinhas’ que não interessam a ninguém”, disparou Eduardo Campos.



Para o socialista, “é natural” que os gestores inspecionem as obras de suas gestões. “Se alguém quer ser governante e não quer tomar conta das obras, é um problema de quem pensa desse jeito. O presidente Lula visita as obras que o governo dele tem a responsabilidade de fazer, sobretudo as obras que foram faladas, decantadas durante muitos e muitos anos e não saíram do papel”, provocou.



O próprio Eduardo, que disputará a reeleição no próximo pleito, vem fazendo isso, nos últimos meses, com suas caravanas pelo interior do Estado. Nas viagens, ele leva secretários, deputados e políticos das regiões e reúne populares nas inaugurações, vistoria obras e assina ordens de serviço. E, nos discursos, enfatiza as ações da sua gestão, além de compará-las com as dos governos Jarbas Vasconcelos/Mendonça Filho.



As declarações do governador corroboram com a defesa feita pelo advogado-geral da União. Anteontem, ao destacar o caráter administrativo das viagens de Lula, Luís Inácio Lucena Adams disse que o petista não poderia ser colocado numa “redoma”. Os posicionamentos foram uma resposta ao PSDB, que, na semana passada, entrou com duas representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que o órgão investigue um suposto caráter eleitoral da última vinda do presidente a Pernambuco para vistoriar as obras da transposição do rio São Francisco.

ARTHUR CUNHA
Enviado especial(Folha de Pernambuco)

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