quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Juiz suspende julgamento de ex-deputado no Acre


julgamento do ex-deputado Hildebrando Pascoal, que já está em seu segundo dia, foi suspenso por volta das 18h50 (horário de Brasília) desta terça-feira (22), em Rio Branco. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Acre, todos os interrogatórios foram concluídos. Às 9h desta quarta-feira (23), o tribunal do júri será retomado com a realização do debate entre defesa e acusação.



Pascoal é acusado de comandar um grupo de extermínio que agia no Acre entre 1995 e 1999. Ele já foi condenado a mais de 80 anos de prisão por outros crimes, incluindo tráfico de drogas e a morte de um policial. Esta é a primeira vez que Pascoal é julgado pela Justiça do Acre. Ele pode ser condenado a mais 30 anos de prisão no caso que ficou conhecido como o "crime da motosserra".



Na segunda-feira (21), quinze testemunhas prestaram depoimento. Ainda de acordo com o TJ, o ex-deputado pediu ao juiz para fazer sua própria defesa. Ele falou por mais de quatro horas, até que o júri foi suspenso.

Nesta manhã (22) a sessão foi retomada e por mais duas horas o acusado realizou sua defesa, tentando convencer os jurados da sua inocência. Hildebrando Pascoal afirmou que não conhecia “Baiano”, e disse ser vítima de uma armação.

Ministério Público Estadual (MPE) investigou o assassinato do mecânico Agilson Firmino dos Santos, mais conhecido como “Baiano”, em 1996. De acordo com os promotores, ele foi torturado várias horas e depois teve o corpo cortado por uma motosserra.

Segundo a acusação, o crime foi cometido por vingança pelo ex-deputado federal Hildebrando Pascoal e sua quadrilha.



Outras duas pessoas estão sendo julgadas. Pedro Pascoal, irmão de Hildebrando Pascoal, também é réu no processo, mas apresentou um atestado médico justificando a ausência, de acordo com a assessoria do tribunal. O documento foi aceito, mas passa por perícia. O julgamento de Pedro Pascoal deverá ser realizado na próxima segunda-feira (28).



O TJ informa que, além deles, outras quatro pessoas foram denunciadas por envolvimento no crime. Três tiveram seus processos desmembrados e devem ser julgados separadamente entre outubro e novembro deste ano. O outro faleceu e o processo foi arquivado.


A previsão do juiz Leandro Gross, titular do Tribunal do Júri, de Rio Branco, é que o julgamento do ex-deputado se prolongue até a manhã de quinta-feira (24).



Do G1, em São Paulo

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