quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Indicação de Múcio é aprovada no Senado
Os senadores aprovaram, ontem à tarde, por 46 votos favoráveis e 11 contrários, o nome do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB), para uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Pela manhã, o petebista já havia passado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, por 26 a um. Ao final da votação na comissão, o ministro se emocionou e quase chegou às lágrimas. Ele entrará na vaga de outro pernambucano: Marcos Vilaça. Na segunda-feira, Múcio entregará o comando do ministério e renunciará ao mandato de deputado federal. Seu substituto no Governo Lula (PT), o secretário de Assuntos Federativos, Alexandre Padilha (PT), deve ser empossado no mesmo dia.
De bom trânsito entre governistas e oposicionistas, José Múcio foi bastante elogiado nas duas votações que enfrentou. “Você viu a votação? Fiquei muito feliz pelas homenagens que recebi. É um reconhecimento à minha trajetória”, comemorou. Mesmo sendo aliado do presidente Lula, responsável por sua indicação, o ministro afirmou que não vê problemas em julgar as contas da gestão no TCU. “Me sinto com absoluta isenção. E vou usar a mesma ferramenta que usei até agora. Como diz o poeta: ‘desatar os nós e reatar os laços’”, brincou.
Presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP) acredita no bom desempenho do pernambucano. “Tenho certeza que o ministro José Múcio vai honrar a trajetória do Tribunal de Contas da União”, elogiou. Relator da indicação na CAE, o senador Sérgio Guerra (PSDB) também se posicionou a favor do petebista. “Temos a certeza que a presença do ministro Múcio irá fortalecer as ações do TCU, um órgão que está cada vez mais atento e mais atuante no combate à corrupção”, destacou.
Não é mais novidade a indicação de políticos para o TCU - o último foi o ex-senador também pernambucano, José Jorge. Das nove cadeiras do Tribunal, dois terços são definidas pelo Congresso e um terço vem de indicações do presidente, que precisam ser referendadas pelo Senado. As indicações são sempre de forma alternadas. Atualmente, o órgão conta com cinco ex-parlamentares. Cada ministro ganha R$ 24,5 mil. Além de dois ministros de carreira do Ministério Público, ocupam os gabinetes do órgão dois afilhados do PMDB, dois do DEM, um do PP e outro ligado ao PSDB.
ARTHUR CUNHA
com agências
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