terça-feira, 22 de setembro de 2009
Em dois anos e meio, Senado pagou cursos no exterior a 150 servidores
Levantamento elaborado pela Primeira Secretaria do Senado revela que pelo menos 150 servidores foram autorizados a realizar cursos no exterior, entre março de 2007 e agosto deste ano, com as despesas custeadas pela Casa.
Durante os 30 meses registrados no relatório, foram quase cinco autorizações por mês. O estudo obtido pelo G1 não detalha quantos servidores fazem parte do quadro efetivo e quantos são funcionários comissionados da Casa.
Cursos de idiomas, como inglês e espanhol, foram os que mais atraíram servidores do Senado ao exterior. Cursos envolvendo graduação, mestrado e doutorado vêm na sequência, acompanhados de “atividades diversas”, como conferências e congressos.
Apenas em 2007, foram 43 autorizações concedidas para que servidores participassem das mais variadas atividades. Em março de 2007, por exemplo, um grupo de três servidores foi autorizado a participar do 9º Congresso de bibliotecários, arquivistas e documentalistas na cidade de Ponta Delgada, em Portugal, que ocorreu entre 28 e 30 de março. Entre os dias 10 e 15 de setembro do mesmo ano, um servidor foi autorizado a viajar para Cingapura para um curso na “Association Of Capoeira Argola de Ouro”.
Em 2008, as liberações para atividades no exterior atingiram o maior número: 92. Entre 14 e 18 de julho de 2008, por exemplo, o Senado autorizou um servidor a participar do curso “Panorama da História Política do Brasil”, que ocorreu em Bogotá, capital da Colômbia.
A partir de fevereiro de 2009, com a eleição de José Sarney (PMDB-AP) para o comando da nova gestão da Mesa Diretora, a Primeira Secretaria editou um ato que proibiu a liberação de servidores para a realização de cursos no exterior. A medida não evitou, porém, que pelo menos nove autorizações fossem liberadas para viagens ao exterior e cursos dentro do próprio país que representaram outras seis.
O levantamento da Primeira Secretaria foi realizado depois da polêmica envolvendo assessores de senadores que realizaram cursos no exterior, sem a autorização legal da Casa, e continuaram recebendo salário.
Robson Bonin
Do G1, em Brasília
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