sábado, 19 de setembro de 2009
Sérgio Guerra: meta do PSDB é se fortalecer
Seria mais um encontro para filiação de novos quadros ao PSDB, os deputados estaduais Edson Vieira (ex-PSDC) e Eduardo Porto (ex-PTdoB), mas o senador e presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, transformou a reunião de ontem à tarde num ato de “auto-afirmação” tucana. O cacique garantiu que, antes de mergulhar de corpo e alma no projeto aliancista de retomar o poder estadual, a sigla tem como prioridade seu próprio fortalecimento em 2010, ampliando os espaços na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Com o posicionamento, Guerra mandou um recado para o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e às lideranças do DEM, dizendo que não entrará em uma reeleição para o Senado com o bloco enfraquecido - leia-se: com um candidato a governador que não seja Jarbas.
Com o argumento de que o PSDB foi o partido que mais cresceu entre os oposicionistas - em 2008, a sigla disputou direta ou indiretamente 71 prefeituras -, Sérgio Guerra destacou que “ninguém deve duvidar do papel do PSDB”. “O partido é leal e espera lealdade de quem está com ele”, cobrou o senador, que fez questão de reafirmar para os militantes a identidade própria da legenda. “Crescemos com as nossas próprias pernas e o nosso valor”, disse.
Citando a ajuda política e financeira que o partido deu, em 2008, a aliados na Região Metropolitana do Recife - em Olinda, com Jacilda Urquisa (PMDB), por exemplo -, Guerra fez questão de marcar o posicionamento da sigla. “O PSDB não é o PMDB, ou o DEM ou o PPS. Se fosse, não seria o que mais cresceu nesse período (em que todos estão na oposição)”, destacou o parlamentar.
Sérgio Guerra também voltou a negar que seu relacionamento próximo ao governador Eduardo Campos (PSB), a quem chamou de “amigo”, irá interferir no caminho do PSDB no ano que vem “Não temos problemas com o governador. Tenho estima e amizade com ele, mas meu campo é um e o dele é outro”, ratificou Guerra, que, no entanto, disse não ter problemas em ajudar governos que não são do seu campo de político.
Apesar do posicionamento firme, o senador pernambucano continua entusiasta da candidatura de Jarbas Vasconcelos ao Governo. “Acreditamos na vitória de Jarbas, mas a (eventual) campanha (contra Eduardo) será árida”, profetizou.
NACIONAL
Como é de seu estilo, Sérgio Guerra partiu para cima dos adversários do PSDB no plano nacional. “A candidata do Governo (a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff/PT) é autoritária, não tem experiência e é antidemocrática. Ela não tem o nome de Lula (PT), não tem o passado de Lula; não é Lula! (...). O Governo já não tem a convicção de sua vitória no primeiro turno, quer garantir o segundo (ao estimular a pré-candidatura de Ciro Gomes/PSB)”, disparou.
ARTHUR CUNHA (folha de pernambuco)
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