quarta-feira, 18 de março de 2009

Policiais presos em operação da PF facilitavam fugas e vazavam informações

Profissionais que deveriam proteger a população estão envolvidos com o crime. Quatro policiais, sendo dois civis e dois militares, são acusados pela Polícia Federal de facilitar e dar cobertura à ação de uma quadrilha no bairro de Rio Doce, em Olinda, há mais de dez anos.

Além dos quatro policiais, 21 pessoas foram presas durante a operação batizada de "Êxodo 7”. 140 agentes federais de três estados cumpriram 25 dos 26 mandados de prisão, além de 28 mandados de busca e apreensão. As polícias civil e militar deram apoio à operação.

A quadrilha também tem atuação no tráfico de drogas. A polícia apreendeu seis pacotes de maconha. De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram há quatro meses. O grupo é acusado pela polícia de formar uma milícia urbana, que estaria agindo no bairro de Rio Doce, em Olinda, e é suspeito de ter cometido, nos últimos dois anos, dezesseis assassinatos.

O chefe da quadrilha seria o ex-vereador da cidade, Fernando Manoel da Silva, conhecido como Doca. Ele foi preso em casa, no bairro de Jardim Atlântico. Entre as 25 pessoas com mandados de prisão, sete já são presidiários.

O delegado responsável pelas investigações, Márcio Tenório Wanderley, afirmou que o grupo atuava no bairro de Rio Doce há mais de dez anos. Os quatro policiais presos na operação são acusados pela Polícia Federal de facilitar e dar cobertura à ação da quadrilha.

“A participação dos policiais consiste no vazamento de informações a respeito de ações da polícia e no recebimento de propina para liberação de presos”, afirmou Márcio Tenório. “Ainda temos um foragido com mandado de prisão expedido e algumas pessoas pendentes de identificação”.

Da Redação do pe360graus.com

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