terça-feira, 31 de março de 2009

Eduardo: “Deixem o nosso tempo”


VICÊNCIA - Apesar de garantir que não tratará de política em 2009, o governador Eduardo Campos (PSB) voltou a alfinetar a oposição, ontem, neste município, terra natal do seu maior desafeto, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Sem citar nomes, o socialista pediu que os adversários o deixem trabalhar. “Respeito a oposição. Eles tiveram o tempo deles, estavam aliados, na época, ao presidente e ao vice. E o povo julgou. Deixem, agora, o nosso tempo, para a gente desenvolver Pernambuco. No dia certo, o povo vai julgar de novo e nós aceitaremos, como aceitamos a nossa derrota (em 1998)”, disparou o governador, em discurso no lançamento da terceira versão do programa Chapéu de Palha.


Eduardo Campos prosseguiu com os ataques utilizando como mote outra iniciativa do seu governo: o Vida Nova, voltado para o resgate da cidadania de crianças e adolescentes. Numa crítica velada aos gastos com propaganda institucional dos governos Jarbas Vasconcelos (PMDB)/Mendonça Filho (DEM) , o socialista deixou claro que sua preocupação é executar os projetos, mesmo que a divulgação dessas ações fique em segundo plano por falta de recursos. “É melhor fazer do que só dizer que faz. Você fazendo, o povo vai saber”, cutucou Eduardo.


A provável articulação do deputado federal Ciro Gomes (PSB/CE) para levar o PSB ao palanque presidencial do governador Aécio Neves (PSDB/MG) foi descredenciada por Eduardo Campos - presidente nacional da sigla - e aliado de primeiríssima hora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não tem nada disso”, desconversou.



EMPREITEIRA
Eduardo Campos também tratou de minimizar o envolvimento da legenda no escândalo de doações ilegais para campanhas, feitas por empresas ligadas à construtora Camargo Corrêa. Ele garantiu que os recursos obedeceram os prazos legais e que a direção do partido tomará as devidas providências para os devidos esclarecimentos. Questionado se identificava viés político nas denúncias, Eduardo revelou que ainda era cedo para fazer esse tipo de avaliação. Afirmou, ainda, ser “contra qualquer pré-julgamento”.


“É preciso se ter muito cuidado. Há muita diferença entre você receber, por exemplo, R$ 300 mil em recursos legais, e você ter acesso por debaixo dos panos. Sou a favor do financiamento público de campanha. Mas se for para as pesquisas de opinião, a população não quer isso”, pondera Eduardo. A então candidata à deputada federal, Ana Arraes (PSB), mãe do governador, recebeu R$ 100 mil da Camargo Corrêa. A doação, de acordo com ela, consta na sua prestação de contas. FONTE:FOLHA DE PERNAMBUCO

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