quinta-feira, 26 de março de 2009

Nordeste terá 34,3% do programa Minha Casa, Minha Vida

RECIFE – A Região Nordeste será a segunda entre as mais contempladas pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida, que foi lançado ontem e contará com a construção de 1 milhão de moradias para todo o Brasil. Com um total de 343.197 habitações, os nordestinos ficarão com 34,3% do bolo de investimentos, que chega a aproximadamente R$ 34 bilhões. Junto com o Sudeste brasileiro, as duas regiões alcançam 70% do número total de residências a serem construídas.


Os estados da Bahia (80.744), do Maranhão (72.756) e do Ceará (51.644) serão os maiores beneficiados na Região Nordeste. Bahia, aliás, é a terceira mais contemplada em nível nacional. No entanto, de acordo com as informações do Governo Federal, essa proporção pode se modificar conforme estados e municípios assinem contratos de adesão com a Caixa Econômica Federal (CEF).


Os recursos serão distribuídos segundo o déficit habitacional medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acrescentou que o Minha Casa, Minha Vida pode chegar a investimentos da ordem de R$ 60 bilhões se adicionados também os recursos oriundos de grupos privados.


Famílias que recebem de 0 a 10 salários mínimos serão beneficiadas pelo programa. É importante salientar que aquelas que ganham até 3 salários terão imóveis de 35 e 42 metros quadrados.


O evento de lançamento do programa foi apresentando a cerca de 500 pessoas, entre prefeitos e governadores convidados para a cerimônia. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, esclareceu que estados e cidades poderão oferecer em contrapartida aos investimentos do governo terrenos para construção de moradias, redução de impostos ou recursos financeiros.


Dilma ainda explicou o custo do imóvel não será o mesmo para todo o país. “Nós vamos respeitar o preço praticado em cada região. Sabemos que o custo dos imóveis no Rio Grande do Sul é diferente do preço de São Paulo e do restante do país”, enfatizou. Por fim, o governo irá editar uma Medida Provisória (MP) alterando as regras para a ocupação territorial urbana.

Paulo Marinho
Agência Nordeste

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