terça-feira, 24 de março de 2009

Crise econômica e críticas a adversários marcam visita de Lula


Crise econômica mundial, projetos do Governo Federal e política. Estes foram os três assuntos que marcaram a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pernambuco, nesta segunda-feira (23).

Durante a passagem que durou pouco mais de cinco horas, Lula participou da inauguração de uma fábrica de alimentos na cidade de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, e da entrega da Linha Sul do metrô, em Jaboatão dos Guararapes.

Nas duas solenidades, o presidente discursou, mas evitou falar com a imprensa. A crise econômica e os projetos do Governo como a Transnordestina e o programa habitacional que será lançado oficialmente na próxima quarta-feira (25) marcaram os pronunciamentos nas duas solenidades.

A política se restringiu à fala do presidente no metrô. Apenas a sucessão presidencial ficou de fora. Até mesmo quando o público que acompanhava a solenidade gritou questionando sobre a ausência da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, cotada para suceder o presidente nas eleições de 2010. Lula não respondeu e se limitou a sorrir.

Entretanto, o presidente não poupou o seu antecessor no Planalto, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), nem o ex-governador de Pernambuco e atual senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

“Pernambuco está dando um salto extraordinário de qualidade. O governo de Eduardo Campos (PSB) vai recuperar em cinco anos o atraso a que o Estado foi submetido nos últimos 20 anos”, alfinetou.

Na estação do metrô em Cajueiro Seco, em Jaboatão, ao lado do prefeito Elias Gomes (PSDB), Lula disparou contra Fernando Henrique Cardoso ao destacar que todos os prefeitos, independentemente do partido, serão atendidos pelo Governo Federal.

“Eu não quero saber o partido do companheiro Elias. Ele vai ser tratado como se fosse do partido do governador Eduardo Campos ou como do meu partido, o PT. Não interessa o partido. O que interessa é que o prefeito tenha juízo, vergonha e tome conta do povo. O governo Jarbas recebeu mais dinheiro do Governo Federal no seu segundo mandato do que no mandato de FHC, de quem era aliado”.

Crise econômica
Durante os discursos, o presidente disse que não sabe a dimensão do que a crise econômica pode provocar no mundo e voltou a pregar que ela deve ser combatida com investimentos.

“Não temos dimensão do que pode provocar no mundo. Mas temos que continuar trabalhando. E para vencer esta crise temos que investir mais, gastar com ações que gerem empregos e credibilidade, para que o público veja que estamos fazendo a coisa certa”, destacou.

Uma dessas respostas, segundo o presidente, será dada na próxima quarta-feira (25), quando Lula prometeu anunciar o programa habitacional que deverá construir 1 milhão de casas populares. “Será o maior programa habitacional lançado neste País. Vamos construir 1 milhão de casas para pessoas que ganham de um a dez salários mínimos. Se este programa der certo, quem vier depois de mim terá que fazer um programa para construir 2 ou 3 milhões de casas”, disse.

Durante os dois pronunciamentos, o presidente fez questão de passar um discurso positivo. “Se eu tivesse medo de crise não teria nascido. Isto porque nasci numa situação onde não sabíamos se uma criança chegaria viva aos cinco anos. Esta crise não assusta, vamos derrotá-la com investimentos e fazendo obras”, concluiu.

Visita
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Recife por volta das 10h desta segunda-feira (23). Da Base Aérea, Lula seguiu direto para Vitória de Santo Antão, onde participou da solenidade de inauguração da fábrica da Sadia.

Por volta das 13h, a comitiva do presidente seguiu de helicóptero para a estação do metrô em Cajueiro Seco, em Jaboatão, para participar da inauguração da Linha Sul.

Duas horas e meia depois, Lula deixou Pernambuco e seguiu para a Bahia, para participar da cerimônia de balanço do primeiro do programa Territórios da Cidadania.

Da Redação do pe360graus.com

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