domingo, 1 de março de 2009

Pernambucano morre em explosão na PF em Manaus


Subiu para três o número de mortos na explosão da sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) do Amazonas, em Manaus, ocorrida nessa sexta-feira. Morreram neste sábado os peritos Max Augusto Neves Júnior e Maurício Barreto da Silva Júnior, que era pernambucano e cujo traslado do corpo para o Recife estava previsto para ocorrer na madrugada deste domingo.

As duas vítimas estavam internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital 28 de Agosto com 95% dos corpos queimados. Anteontem, Antônio Carlos Oliveira, 45 anos, faleceu logo após a explosão. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Oliveira trabalhava na PF há 15 anos. Um outro perito, Marcos Antônio Mota Ferreira, teve ferimentos leves e foi liberado do hospital na sexta.

A explosão aconteceu por volta das 17h30 da sexta, quando seis peritos inspecionavam com um maçarico um cilindro que poderia conter drogas e que estava furado quando chegou à sede da PF em Manaus. Sete peritos em explosivos do Instituto Nacional de Criminalística da PF de Brasília embarcaram ontem para Manaus para apurar as causas do acidente.

“Esses acidentes podem ocorrer infelizmente. Normalmente, não se examina um pacote em raio-x antes de abri-lo quando há suspeita de drogas. Mas ainda não sabemos se foi isso que aconteceu em Manaus. Será feita a perícia no local para saber a causa da explosão”, informou o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Octavio Brandão.

A PF não descarta a hipótese de a explosão ter sido provocada por um mecanismo detonador, que estaria dentro de um cilindro que os peritos tentavam abrir. Não há indícios de atentado, mas nenhum hipótese foi descartada até agora.

O departamento onde ocorreu a explosão fica sob a carceragem, onde estão sete presos. Nenhum deles ficou ferido. Segundo um agente federal, o local foi afetado, o que forçou a transferência dos presos para o Instituto Penal Antonio Trindade, também em Manaus. Um das testemunhas afirmou que uma das vítimas saiu com o couro cabeludo queimado. Outro funcionário, disse a testemunha, perdeu a mão direita na explosão. “Foi um desespero. Todos correram. O barulho foi ensurdecedor”, relatou, preferindo não se identificar.

A explosão foi seguida de um princípio de incêndio no local. Toda estrutura do laboratório, utilizado para análises de drogas e outros materiais apreendidos, ficou comprometida pelo fogo. Parte do telhado do prédio foi arrancada com a explosão. O imóvel foi interditado e uma perícia no local deve começar neste domingo.

Fonte: AE

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