sábado, 13 de março de 2010

Corpos de Glauco e filho serão enterrados neste sábado


Os corpos do cartunista Glauco Villas Boas, 53 anos, e do filho Raoni, 25, serão enterrados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na Vila Sulina, em São Paulo neste sábado (13). De acordo com a Funerária Municipal de Osasco, o sepultamento está previsto para as 9h.

Na tarde de sexta-feira (12), os corpos foram levados para a funerária Bela Vista e depois ao Centro Eclético da Fluente Luz Universal (Céu de Maria), no bairro Santa Fé, em Osasco, onde foram velados durante toda a noite.

Crime

O cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos, e seu filho Raoni, de 25 anos, foram mortos na madrugada desta sexta-feira (12) em frente a casa da família na estrada Alpina, no Jardim Santa Fé, em Osasco, na Grande São Paulo. O assassinato pode ter sido premeditado, disse na tarde desta sexta-feira (12) o delegado responsável pelo caso, Archimedes Cassão Veras Júnior.

Uma das pistas que a polícia leva em conta para trabalhar com essa hipótese é que, do lado de fora da casa do cartunista, um homem esperava o suspeito do crime Carlos Eduardo Sundfeld Nunes dentro de um carro. Esta pessoa, que o delegado disse acreditar ser um homem, também é procurada pela polícia.

Segundo o delegado, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, será indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar. Ele também afirmou acreditar que o suspeito tinha consciência do que estava fazendo, caso contrário não teria fugido.

Com base nos depoimentos ouvidos nesta sexta-feira, o delegado afirmou que o suspeito estava armado quando rendeu a enteada do cartunista, Juliana Vennis, e fez com que ela entrasse no quintal da casa. Logo em seguida, Glauco foi em direção ao jovem e tentou conversar com ele. Segundo o depoimento dado à polícia por Juliana, ele estava perturbado e dizia, entre outras coisas, que queria se matar e pediu que Glauco fosse até a casa dele para dizer a sua mãe que ele era Jesus Cristo.

Durante a discussão, Nunes deu uma coronhada na cabeça de Glauco. Em seguida, o filho do cartunista, Raoni Villas Boas, de 25 anos, chegou em casa e foi quando o suspeito atirou primeiro contra o pai e depois contra o filho.

De acordo com a polícia, além da pistola automática, ele tinha também uma faca escondida sob a roupa. O delegado afirmou que o suspeito não deu chance para que Glauco e Raoni se defendessem. Ele também diz que, a princípio, descarta que o jovem estivesse sob o efeito do chá utilizado no ritual de Santo Daime.

Nesta sexta-feira, a polícia ouviu cinco pessoas: Juliana Vennis, enteada de Glauco, Douglas Pinheiro, cunhado do cartunista e Paulo Cortegi, vizinho. Também foram ouvidos o avô e o pai do suspeito, que foram à delegacia acompanhados por um advogado e disseram não saber onde o rapaz se encontra.

O delegado Archimedes Cassão Veras Júnior afirmou que outras pessoas podem ser ouvidas ainda neste final de semana.

Do R7, com Rede Record

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