quarta-feira, 17 de março de 2010
Filho da alemã já pode deixar o Brasil com a tia
A filha de Delma Freire, Roberta Freire, 27 anos, já tem autorização para deixar o Brasil com o sobrinho, que é filho da turista alemã Jennifer Kloker, morta no dia 16 de fevereiro, em São Lourenço da Mata. Pablo Tonelli, pai da criança de 3 anos, já assinou um documento autorizando o menino a viajar com a tia.
"Ela já tem a autorização para sair do País com a criança para a Itália. Ao que tudo indica, a guarda também será concedida a Roberta, que é a pessoa, no momento, mais centrada", declarou o delegado Joselito Amaral, em coletiva de imprensa concedida na noite desta terça-feira (16), na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife.
Roberta chegou ao Brasil no dia 11 de fevereiro para ajudar nas investigações do caso e tentar levar para a Itália o filho da alemã, que estava com a avó paterna, Delma Freire. Em Pernambuco, Roberta está sob os cuidados do programa de proteção a testemunhas.
SOGRA - A sogra da turista alemã, Delma Freire, deve passar a noite desta terça e a madrugada desta quarta-feira (17) sendo ouvida no DHPP - mesmo local onde estão detidos o marido e o sogro de Jennifer Kloker, Pablo Tonelli e Ferdinando Tonelli, respectivamente. Delma foi presa na tarde desta terça, no escritório do advogado dos Tonelli, Célio Avelino, localizado na Rua do Imperador, Bairro de Santo Antônio, Centro do Recife. "Hoje Delma deixa de ser testemunha e passa a ser investigada. O teor das delarações dela vai ser mantido em sigilo", disse o delegado, que também não pôde passar informações sobre a arma utilizada no homicídio.
Ainda segundo Joselito Amaral, a prisão temporária foi solicitada por causa dos últimos incidentes na investigação. O presidiário do regime aberto que disse ontem (15) ter recebido proposta de R$ 20 mil para assumir a participação no homicídio da turista alemã teria sido ameaçado após assumir a farsa. Mesmo assim, o rapaz não mudou o teor das declarações. "Ele disse que duas pessoas estiveram na residência dele ontem e o ameaçaram de morte caso ele não voltasse atrás. Não houve comprovação da ameaça, mas houve depoimento".
Outra questão importante levantada pelo jovem de 26 anos foi o fato de Delma já ter providenciado passaportes falsos para ela, o marido e o filho. O delegado confirmou que o rapaz foi incluso no programa de proteção a testemunhas. Nesta terça, ele chegou a passar cinco horas no DHPP. Joselito não informou se foi feita uma acareação entre Delma e o rapaz.
A sogra da turista alemã chegou por volta das 14h ao DHPP, acompanhada dos delegados Joselito Amaral e Gleide Ângelo. Ela estava de óculos, com boné na cabeça e aparentemente calma. Delma deve seguir para a Colônia Penal Feminina do Recife nesta quarta.
O advogado dos Tonellis, Célio Avelino, informou que achou a prisão da Sogra da turista alemã, Delma Freire, desnecessária. "Uma prisão temporária só deve ser decretada quando é indispensável para a investigação, o que não é o caso", completa Célio. Ele informou que ainda não teve acesso ao decreto de prisão temporária de Delma, expedido pelo juiz da Vara Criminal de São Lourenço da Mata, Djaci Salustiano de Lima, por isso, ainda não sabe quando vai dar entrada no pedido de habeas corpus.
Sobre a possibilidade de participação dele na oferta de R$ 20 mil ao detento, Joselito disse que não cabia à polícia falar sobre o assunto. "Com relação a Célio Avelino, a OAB já está tomando as providências. Quanto à polícia, não cabe fazer nenhum questionamento sobre o papel dele como advogado". O delegado confirmou que um dos advogados do escritório de Avelino, Fernando, esteve nesta tarde no DHPP, mas como advogado de defesa, e não para ser ouvido. No depoimento do presidiário na noite de ontem, o jovem declarou que receberia os R$ 20 mil em dinheiro das mãos de Fernando.
PABLO E FERDINANDO - Pablo Tonelli e seu pai adotivo, Ferdinado Tonelli, marido e sogro da turista alemã respectivamente, continuam detidos no DHPP desde o final de fevereiro. O pedido de habeas corpus dos dois já foi negado três vezes pela Justiça Pernambucana. Célio Avelio irá entrar com o recurso pedindo a liberdade dos dois no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O advogado espera que, em Brasília, a decisão judicial seja diferente.
O prazo inicial para fim do inquérito seria o próximo dia 22, mas Joselito Amaral já adiantou que deverá pedir a prorrogação do prazo para conclusão das investigações, que já estão perto do fim. "É óbvio que a polícia já tem o escopo do perfil da participação de cada um. A investigação está bastante madura, está bem avançada", declarou Amaral.
Do JC Online
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