sábado, 27 de março de 2010

Delegada confirma que sogra da alemã vai ser indiciada por homicídio


Um mês e nove dias de uma investigação que se aproxima do fim. A polícia tentou ouvir novamente a sogra da turista alemã Jennifer Kloker, na tarde desta sexta-feira (26). Mas, Delma Freire, que está presa na Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, se negou a falar sobre o crime. De acordo com a delegada Gleide Ângela, Delma disse só voltaria a se pronunciar sobre o crime na Justiça

A Colônia Penal Feminina reforçou a segurança para a chegada dos delegados. Os agentes foram orientados a evitar movimentação das presas no pátio enquanto a polícia estiver no prédio. Delma Freire foi transferida, nesta quinta (25), do setor de triagem para uma cela no pavilhão, que abriga outras dez detentas.

De acordo com a diretora da Colônia, Ana Moura, Delma tem apresentado comportamento tranquilo até agora e evita falar sobre o crime. “Ela não falou absolutamente nada sobre o caso para mim. Ela foi atendida pela equipe multidisciplinar da Colônia e, claro, respeitando o sigilo de cada profissional, eles não me disseram nada a respeito dela”, falou.

Os delegados responsáveis pela investigação, Gleide Ângelo e Alfredo Jorge, chegaram à Colônia Penal às 10h para interrogar a sogra da turista alemã. O advogado de Delma esteve presente no período da tarde.

A polícia esperava ouvir de Delma Freire a confissão sobre a participação no crime, já que os outros três suspeitos presos, Pablo e Ferdinando Tonelli e Alexsandro Neves, afirmam que ela teria planejado o assassinato de Jeniffer.

Mas de acordo com os delegados, a conclusão do inquérito independe do que ela disser no interrogatório. “Eu acho que ela não confessa por conta de todo o comportamento que ela tem tido durante a investigação, mas de Delma tudo é possível. Seria melhor para ela a confissão espontânea, mas para a gente é o mínimo. O inquérito já está pronto, vai ser relatado e concluído. Ela vai ser indiciada pelo homicídio de Jennifer”, disse a delegada Gleide Ângelo.

A delegada revelou também que Pablo Tonelli sente muito medo da mãe, por isso demorou para confessar a participação dele no crime. A polícia espera terminar as investigações na próxima quarta-feira (31).

CÉLIO AVELINO
O advogado Célio Avelino, que era responsável pela defesa de Delma Freire e os Tonelli, envolvidos na morte da turista alemã Jennifer Kloker, não responderá a um processo ético-disciplinar. A decisão foi divulgada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco nesta sexta-feira (26).

O advogado se envolveu em uma polêmica no decorrer do caso quando um ex-presidiário foi à imprensa dizer que recebeu orientações de Avelino para mentir acerca da autoria do crime e corroborar a versão de assalto, sustentada pelos suspeitos.

Avelino foi notificado na última semana e teve três dias para apresentar sua defesa. A OAB, por sua vez, decidiu não instaurar o processo ético disciplinar.

Da Redação do pe360graus.com

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