Foi aprovado na Assembleia Legislativa o projeto de lei proposto pelo Governo do Estado que reajusta os salários dos trabalhadores em educação. Foram trinta votos a favor e oito contra. Teresa Leitão e Isabel Cristina, ambas do Partido dos Trabalhadores (PT) e da base aliada do Governo, votaram contra. Em assembleia realizada no início da tarde desta quarta-feira (24), na quadra do antigo Instituto de Educação de Pernambuco (IEP), em Santo Amaro, área central do Recife, a categoria rejeitou por unanimidade a proposta.
Segundo Heleno Araújo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), esta foi a primeira votação. Haverá uma nova e - definitiva - nesta quinta-feira (25). Os professores vão tentar, mais uma vez, convencer os deputados a votar contra o projeto. Estarão reunidos a partir das 10h, em frente à Alepe.
Quando os professores chegaram na Assembleia, por volta das 16h, houve um princípio de tumulto. Uma das janelas da casa foi quebrada, devido aos empurrões na porta principal. No total, 35 policiais da Alepe e 15 do 16º Batalhão da PM garantiram a segurança da casa, impedindo que os docentes invadissem o plenário. Foi permitida apenas a entrada de um pequeno grupo.
Veja entrevista com Heleno Araújo, antes da votação do projeto.
A proposta da Secretaria da Administração está dividida em duas etapas. A primeira, que vigora de janeiro a maio deste ano, estabelece em R$ 1.025 a remuneração para professor de nível médio com 40 horas semanais. A segunda etapa, de junho a dezembro, fixa o salário em R$ 1.045.
Segundo a categoria, os três modelos apresentados pelo Governo nas duas últimas rodadas de negociação acarretam uma desestruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC), além de incorporar os 60% da gratificação pelo exercício do magistério, conhecido como “Pó-de-giz”. A proposta gera um achatamento de classes, que resulta na diminuição dos salários dos trabalhadores com mais tempo de serviço e títulos de graduação.
A direção do Sintepe diz que é cedo para falar em greve, mas Heleno Araújo garante: "Não vamos deixar o Governo em paz". A possibilidade de greve, por enquanto, é descartada, já que pela legislação eleitoral o Governo só pode conceder aumento até 180 dias antes das Eleições, o que significa 3 de abril.
Do JC Online
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