terça-feira, 30 de março de 2010

Associação dos Militares orienta membros a não sairem para trabalhar sem colete


Representantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar orientaram os demais integrantes da corporação a não sair para trabalhar sem colete à prova de balas ou sem curso específico de direção, no caso dos motoristas de carros de polícia. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (29) após uma reunião entre eles e os secretários estaduais de Administração, Paulo Câmera e de Articulação Política, Ranilson Ramos.

Segundo o capitão Vlademir Assis, quase ninguém tem o curso e existem poucos coletes à disposição. Se acatada, a orientação deve diminuir bastante o número de policiais nas ruas.

“Os policiais vão entregar aos comandantes informando que não vão poder dirigir porque não foram instruídos para isso. Também vamos aconselhar que eles não saiam sem o colete à prova de balas”, falou o capitão Vlademir Assis, da Associação dos Militares do Estado.

A reunião marcou o final de uma passeata que os militares realizaram durante o dia. Eles saíram da Avenida Conde da Boa Vista e seguiram para o Palácio do Campo das Princesas em protesto contra o percentual de reajuste salarial proposto pelo Governo do Estado.

Os policiais militares não se agradaram da proposta do Governo em conceder um reajuste salarial de 10%. Eles cobram equiparação com reajuste dado para a Polícia Civil, que foi de 40%, e incorporação de benefício que elevaria o salário de soldado para R$ 1.881,30.

Na assembleia realizada esta tarde, a categoria descartou a possibilidade de greve. A Associação de Cabos e Soldados vai aguardar uma contrapartida por parte do Governo do Estado num prazo de 72 horas.

A Associação de Cabos e Soldados afirma que tem 13 mil associados, o que representa 70% do efetivo desta categoria.

O governador Eduardo Campos não participou do encontro porque estava em Brasília. Em nota, o secretário executivo de Relações Institucionais, Ranilson Ramos, informou que, no atual governo, a remuneração dos soldados cresceu mais de 92%, passando de R$ 976,24 em 2006, para R$ 1.881,30, com os reajustes dados entre 2007 e 2010.

O secretário de Administração, Paulo Câmara, diz, na mesma nota, que, o governo do estado investe na área de segurança, inclusive com a aquisição de equipamentos de proteção individual. Durante a reunião, foram feitos ainda esclarecimentos sobre os prazos de concessão de reajustes. Por conta da legislação eleitoral e da lei de responsabilidade fiscal, não pode haver novos reajustes este ano.

Da Redação do pe360graus.com

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