terça-feira, 30 de março de 2010

Polícia confirma oficialmente suicídio de estudante em motel


A Polícia Civil confirmou oficialmente o suicídio de Ionara Félix, de 22 anos. A conclusão do inquérito que investigou a morte da estudante de enfermagem, cujo corpo foi encontrado no porta-malas de um carro, num motel em Olinda, foi apresentada na tarde desta segunda-feira (29).

Participaram da coletiva o gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Joselito Amaral, a delegada Gleide Ângelo e o gestor do Instituto de Criminalística (IC), Roberto Nunes. Ao todo, 22 pessoas foram ouvidas durante a investigação.

Ionara Félix morreu na madrugada do dia 20 de março, num motel de Olinda, com um tiro na cabeça. O corpo, sem roupa, foi colocado na mala do carro do primo dela, o policial militar João Bosco, dono da arma do crime, um revólver 38 sem registro.

João Bosco, bem como as estudantes Dinah Cíntia de Souza Santos e Talita Maria Sodré e o garçom Jeimerson Marcelo da Silva Silvestre foram presos depois que exames do Instituto de Criminalística mostraram que havia resíduos de chumbo nas mãos da vítima e de Dinah.

A presença do material na mão de Dinah foi explicado pelo IC. De acordo com os peritos, quando o corpo era removido para o carro do policial, João Bosco mandou a estudante tirar os sacos plásticos que envolviam a cabeça e as mãos de Ionara. Neste momento, houve a contaminação.

A polícia também confirmou que os jovens usaram cocaína antes de chegarem ao motel. Apenas Dinah não teria utilizado a droga. As quatro pessoas que estavam presas acusadas pelo crime irão responder por ocultação de cadáver, que pode ter pena de um a três anos de prisão. No entanto, a pena pode ser revertida em prestação de serviço comunitário.

“Eles dizem que a ideia foi de João Bosco, porque foi com a arma dele e ele se desesperou por que não sabia como se justificar. Ele disse que tudo que ele queria era tirar o corpo dali para depois pensar no que fazer”, declarou a a delegada Gleide.

Os advogados dos presentes no motel entraram com o pedido de habeas corpus na justiça na tarde desta segunda. João Bosco também vai responder processo por porte ilegal de arma, porque o revólver não era registrado no nome dele. O inquérito vai ser encaminhado para a corregedoria da SDS, onde deverá ser aberto um processo administrativo.

“Minha cliente tem todos os requisitos para concessão da liberdade provisória: antecedentes, residência fixa. Em cima disso a gente vai trabalhar para soltá-la”, informou o delegado de Dinah, Vinícius Campos.

Da Redação do pe360graus.com

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