quarta-feira, 24 de março de 2010

Testemunha surpresa de acusação é um perito baiano


A testemunha Luiz Eduardo Carvalho Dórea, que vinha sendo listada como uma testemunha surpresa da acusação do casal Nardoni, é um perito da Bahia. Ao contrário do que se chegou a dizer, Carvalho não é um policial militar que esteve presente no local do crime, em março de 2008.

A previsão é que Carvalho seja ouvido pelo juiz Maurício Fossen, no Fórum de Santana, na Zona Norte, ainda nesta terça-feira (23).

O G1 apurou que o perito foi consultado pelo Ministério Público, com relação ao laudo feito pela baiana Delma Gama, a pedido da defesa. Ele encontrou, na análise que foi entregue pela perita, trechos escritos por ele em um de seus livros e colocados em contexto diferente. A intenção da acusação é, portanto, desacreditar a análise dos advogados do casal Nardoni.

Dórea já foi diretor geral da Polícia Técnica da Bahia e atualmente trabalha na Secretaria de Segurança Pública do Estado. Perito conceituado, ele tem livros lançados e costuma viajar para dar aulas a policiais técnicos de todo o país.

2º dia

A delegada Renata Pontes encerrou seu depoimento às 14h10 desta terça-feira (23). Ela foi a segunda testemunha a ser ouvida no julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte da filha dele, a menina Isabella. A primeira foi a mãe da menina, na segunda-feira.



Com o encerramento do depoimento, o júri entrou em recesso para o almoço.

Renata, que era a delegada plantonista do 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte, quando ocorreu o crime, começou a ser ouvida às 10h15. Ela foi arrolada como testemunha tanto da acusação quanto da defesa. Em seu depoimento, a delegada afirmou ter “100% de certeza” da culpa do casal na morte de Isabella. Ela também reforçou que a investigação foi bem conduzida, considerando todas as possibilidades e investigando inclusive pessoas citadas pelo casal Nardoni.

Ainda devem ser ouvidas nesta terça outras testemunhas de acusação. A expectativa é que o júri só termine mesmo no fim da semana.

Débora Miranda
Do G1, em São Paulo

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