quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Campos: “Estão com dor de cotovelo”


Ironizando o PMDB, que em sua opinião está com “dor-de-cotovelo”, o governador Eduardo Campos (PSB) mandou, ontem, um recado para o senador Jarbas Vasconcelos e para o partido. Disse que não usará seu tempo no poder para atacar os adversários, e sim para “trabalhar retribuindo a confiança dos pernambucanos”. Na última segunda-feira, os peemedebistas veicularam inserção partidária na televisão acusando o governo socialista de faltar com a dignidade no trato da saúde pública e não cumprir a promessa de entregar os três hospitais prometidos na campanha eleitoral. Campos rebateu os ataques argumentando que as unidades ficarão prontas até o fim do seu mandato, em 2010. Também classificou sua decisão de construir os hospitais como sendo “algo ousado, que não se via há 40 anos”.


“Se alguém assumiu compromissos e não honrou, isso é um problema desse alguém, não meu. Não tenho perdido tempo atacando adversários, atacando quem quer seja. Meu tempo tem sido para trabalhar. Estamos com dois anos e oito meses (de governo), ainda tenho até dezembro de 2010 para cumprir o mandato que ganhei legitimamente, com a maior vitória política da história de Pernambuco. Muitos tiveram oito anos para fazer muita coisa. Não cuidaram de fazer e estão aí com dor-de-cotovelo. Isso é um problema de quem está com dor-de-cotovelo, não meu”, disparou Eduardo Campos, após participar do ato em comemoração aos 154 anos do Real Hospital Português.


Mesmo sem citar o nome de Jarbas, Campos provocou o desafeto: “Pernambuco não quer mais a rinha, a discussão agressiva. Pernambuco quer quem entenda de resolver os problemas, não de aumentar os problemas. Pernambuco quer ser gerido por alguém que tenha capacidade de fazer aquilo que muitos tiveram a chance e não usaram. Mas não me cabe aqui ficar olhando para trás. Dos meus compromissos cuido eu. Dou conta dos meus compromissos. Essa é a marca da minha vida”, assegurou.


O governador disse não ter assistido à inserção do PMDB, segunda-feira. “Vi hoje, nos jornais, que o PDT tinha entrado na Justiça”, desconversou. Para justificar o fato de ainda não ter entregue os hospitais, Eduardo alegou que “tivemos que contratar projetos, tirar licença ambiental, fazer aterro e todo o processo de contratação da obra, que no serviço público é diferente da iniciativa privada”. “O Hospital da Restauração fará 40 anos este ano. Durante 40 anos não se fez um! Eu me propus, em quatro anos, a fazer três. Graças a Deus, vou fazer”, garantiu.

ARTHUR CUNHA (folha de pernambuco)

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