quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Bilhete convocou moradores para novo protesto em Heliópolis, diz PM
De acordo com a Polícia Militar, um bilhete encontrado convocou moradores para a manifestação que ocorreu na noite desta terça-feira (1) na Favela de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo. Segundo a PM, o bilhete oferecia uma cesta básica com alimentos para quem colaborasse com o quebra-quebra a partir das 18h.
Os atos de vandalismo teriam sido provocados em protesto contra a morte de Ana Cristina de Macedo, de 17 anos, baleada durante troca de tiros na segunda-feira (31). A morte ocorreu durante uma perseguição de agentes da Guarda Civil de São Caetano do Sul, no ABC, suspeitos de roubarem um carro.
Após a morte da estudante, ocorreram dois protestos, um na segunda à noite e outro nesta terça. Este último foi o mais violento. Vinte e uma pessoas foram detidas durante o tumulto. O confronto entre manifestantes e policiais deixou ainda um capitão da Polícia Militar ferido, carros e ônibus queimados. Pelo cálculo da PM, pelo menos nove veículos teriam sido incendiados.
No início da madrugada desta quarta-feira, a situação no local já estava mais tranquila. Pouco antes, policiais da Força Tática da Polícia Militar entraram em confronto com manifestantes que tentavam virar um ônibus incendiado. Os policiais permaneciam na favela até o início da manhã desta quarta (2).
O Corpo de Bombeiros enviou cinco equipes para controlar os incêndios, mas teve dificuldade em avançar na favela por causa dos obstáculos colocados e da agressividade dos manifestantes.
Pedrada
A Polícia Militar informa que o capitão ferido foi atingido por uma pedrada na cabeça. Ele foi socorrido a um hospital da região, recebeu uma sutura e passou por tomografia. O policial passa bem.
Homens de cinco batalhões participaram da ação. Entretanto, a PM não soube precisar o tamanho do efetivo empregado no trabalho. Uma das estratégias foi utilizar indicações do helicóptero Águia da PM. “Nos orientamos pelas imagens do helicóptero e fizemos cercos em terra”, disse Massera.
Medo
Por volta das 22h, nas ruas da favela, homens de cinco batalhões da região e policiais da Tropa de Choque e da Força Tática faziam varreduras atrás dos manifestantes. Poucos moradores insistiam em circular pelas avenidas e eram repreendidos pelos policiais. Quem aparecia nas janelas, evitava conversar, com medo de possíveis represálias.
Velório
O corpo da jovem assassinada na segunda-feira, crime que é apontado como o motivo dos protestos, começou a ser velado em uma igreja evangélica em Heliópolis no fim da noite desta terça-feira. O enterro deve ocorrer nesta quarta, às 11h, no Cemitério de Vila Alpina, na Zona Leste de São Paulo.
Do G1, com informações do Bom Dia São Paulo
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