sexta-feira, 3 de julho de 2009
Advogada trabalhista é executada dentro de escritório em Igarassu
No mesmo dia em que a Secretaria de Defesa Social divulgou uma redução no número de homicídios em Pernambuco, um crime chocou os moradores de Igarassu, na Região Metropolitana. Uma advogada foi assassinada a tiros, dentro do escritório onde trabalhava, por volta das 10h desta quinta-feira (02), na rodovia BR-101 Norte, próximo à Justiça do Trabalho.
Karina Lígia Cruz Amorim, de 40 anos, era advogada trabalhista. De acordo com a polícia, a advogada tinha saído de uma audiência no prédio da Justiça do Trabalho da cidade, que fica a poucos metros do escritório dela. Logo depois um homem entrou no local e atirou na vítima.
De acordo com testemunhas, o assassino fugiu a pé logo após o crime. Ele estava com o rosto descoberto, e por isso a polícia acredita que deve ajudar no retrato falado. Peritos recolheram impressões digitais no local e disseram ter encontrado três marcas de tiros na vítima. O marido, que é bacharel em Direito, chegou ao escritório minutos depois. Ele chorava muito e não falou com os jornalistas.
A delegada Andrea Melo - da Força da Tarefa da Secretaria de Defesa Social, investiga se o crime tem alguma relação com o trabalho da advogada. "A característica realmente foi de execução. O autor do crime chegou no local, perguntou pela advogada e esperou apenas o cliente sair da sala e lá adentrou efetuando os disparos fatais. Então, foi execução".
Wilton Tenório foi cliente da advogada Karina Amorim há dois anos. "Ela é uma ótima pessoa. Ninguém falava mal dela. Todo mundo aqui em Igarassu gostava dela. Era difícil ela perder uma causa aqui em Igarassu", disse.
De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com esse crime sobe para cinco o número de advogados assassinados em Pernambuco este ano. O presidente da OAB-PE, Jayme Asfora, solicitou ao chefe da Polícia Civil, Manoel Carneiro, a nomeação de um delegado para apurar o assassinato da advogada.
O pedido foi atendido e a delegada Silvana Lelys, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), vai ficar à frente das investigações.
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