quinta-feira, 30 de julho de 2009

Náutico perde mais uma e não sai da lanterna


O Náutico não foi nem sombra do time combativo e bem organizado do clássico do último domingo. Por isso, perdeu para o Santos, por 2x1, nesta quarta-feira (29), nos Aflitos. Foi o 12º jogo do alvirrubro sem vitória, fato que o mantém na lanterna do Campeonato Brasileiro, com 11 pontos.

O que se esperava era o Náutico pressionando, mas aconteceu justamente o contrário. O Santos ocupou o campo de defesa alvirrubro e antes de completar o primeiro minuto já estava finalizando com perigo. Após chute cruzado de Paulo Henrique, Kléber Pereira atrapalhou-se para finalizar e facilitou a defesa de Glédson.

Aos cinco minutos, Fabão bateu uma falta perto da área e o goleiro timbu espalmou. Mais um minuto e o melhor futebol do Peixe assustou os alvirrubros. Madson cruzou da direita e Paulo Henrique tocou de leve na bola. Glédson atirou-se e conseguiu fazer a defesa.

A partir dos dez minutos, o Náutico conseguiu aliviar um pouco a pressão, mas sem levar grande perigo para o adversário. Aos 16, Gilmar, que precisou tomar remédio durante o jogo por causa de uma dor de cabeça, usou justamente esta parte do corpo para mandar nas mãos de Felipe. No minuto seguinte, Johnny chutou rasteiro e a bola desviou na zaga antes de chegar às mãos do goleiro santista.

E a inspiração do time da casa não passou daí. Mesmo sem a mesma posse de bola dos primeiros dez minutos, o Santos voltou a comandar as melhores investidas foram dos visitantes. Quando a defesa timbu conseguia o desarme, errava a saída de bola, fato que mantinha o jogo mais em seu campo, opção sempre perigosa. Aos 45 minutos, Gladstone fez falta sem bola em Madson. Como já fora advertido, tomou o vermelho.

Para o segundo tempo, o técnico Geninho foi obrigado a sacrificar seu setor de criação para recompor a defesa. Por isso, Aílton cedeu o posto a Asprilla. Mas a mudança no jogo foi de ordem tática. Sem a mesma energia para marcar sob pressão, o Santos preferiu bloquear o meio-de-campo.

O que fez a diferença foi a técnica mais apurada do Santos e a escassez de jogadores pelo lado do Náutico quando o time partia para o ataque. Prova disso eram os cruzamentos que sobravam fácil para os zagueiros adversários. Com o ritmo mais lento, o Santos criou a primeira grande chance aos 18 minutos. Kléber Pereira, bem menos participativo na partida, passou por Vágner e chutou por cima.

O gol dos paulistas, que estava maduro desde o primeiro tempo, saiu aos 23. Madson fez boa joagada pelo lado esquerdo da área e cruzou a meia altura e Neymar, sozinho, cabeceou para o fundo das redes. Atrás no placar, o técnico alvirrubro não teve outra alternativa a não ser arriscar. Acosta entrou no lugar de Dudu Araxá.

Numa rara jogada de ataque que deu certo, o time da casa chegou ao empate. Gilmar foi lançado aos 30 minutos e, na dividida com o goleiro Felipe, o árbitro marcou pênalti. O próprio Gilmar bateu com imensa categoria e fez 1x1. Porém, depois do gol, o Santos voltou a pressionar e Kléber Pereira desperdiçou uma grande oportunidade aos 34. Neymar cruzou e o atacante, frente a frente com Glédson, mandou para fora.

O gol da vitória dos Santistas saiu já nos acréscimos. Aos 46, escanteio pela esquerda e Rodrigo Souto subiu mais que todo mundo para marcar o quinto gol de cabeça sofrido pelo Náutico em dois jogos. Os outros três foram para o Sport.

Ficha do jogo:

Náutico: Glédson; Galiardo, Vágner, Gladstone e Anderson Santana; Nílson, Derley, Johnny (Dudu Araxá) (Acosta) e Aílton (Asprilla); Carlinhos Bala e Gilmar. Técnico: Geninho.

Santos: Felipe; Pará, Eli Sabiá, Fabão e Léo (Luizinho); Germano, Róbson (Neymar), Rodrigo Souto, Paulo Henrique Ganso (Felipe Azevedo) e Madson; Kléber Pereira. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Local: Aflitos. Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA). Assistentes: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA/Fifa) e Belmiro da Silva (BA). Gols: Neymar, aos 23; Gilmar, aos 32; e Rodrigo Souto, aos 46 do segundo. Cartões amarelos: Carlinhos Bala, Derley, Rodrigo Souto, Felipe Azevedo, Luizinho e Germano. Expulsão: Gladstone.

Do JC Online

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