quarta-feira, 29 de julho de 2009

Guerra diz não temer represálias


BRASÍLIA (AE) - O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, afirmou ontem que não teme ameaças e possíveis represálias de senadores do PMDB, que, em conversas de bastidores, têm comentado sobre a possibilidade de registrar no Conselho de Ética uma representação contra o líder tucano Arthur Virgílio (AM). Em discurso no plenário do Senado, no início do mês, Virgílio contou que pessoas ligadas ao PMDB estavam lhe dando avisos de que poderia ser representado ao Conselho de Ética se não recuasse em pedir a licença de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. “Se o líder Renan (Calheiros) promover ameaças ou retaliações, ele estará equivocado. Ameaças não valem nada, não ameaçamos ninguém e não aceitamos isso”, disse Guerra. “O líder Arthur Virgílio faz questão que os fatos que dizem respeito a ele sejam apurados no Conselho de Ética”, afirmou.


Reportagem da revista ‘Isto É’, publicada no final de junho, revelou que Arthur Virgílio teria pego, em 2003, US$ 10 mil emprestados do ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, quando teve problemas com seu cartão de crédito em uma viagem particular a Paris. Segundo a revista, o senador tucano também teria extrapolado o limite permitido pelo Senado para usar em tratamentos de saúde, quando a mãe dele ficou adoentada.


No final da tarde de ontem, o PSDB registrou três representações contra Sarney no Conselho de Ética, responsabilizando o peemedebista pela edição de atos secretos no Senado, por suposta participação em fraudes na Fundação José Sarney, e ainda pela suspeita de que ele teria interferido a favor de seu neto, José Adriano Cordeiro Sarney, que operava crédito consignado no Senado.



PSOL
O único senador eleito pelo PSOL, José Nery (PA) apresentará hoje ao Conselho de Ética, acompanhado da presidente do partido, a vereadora Heloísa Helena (AL), uma nova representação por quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado, José Sarney. Na representação, o partido questionará o suposto esquema de desvio de dinheiro de patrocínio cultural da Petrobras pela Fundação José Sarney.

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