sexta-feira, 31 de julho de 2009

Amanda Rodrigues, viúva de Arturo Gatti, está em liberdade


A viúva do boxeador Arturo Gatti, Amanda Rodrigues, 23 anos, deixou a Colônia Penal Feminina, onde estava presa desde o dia 12 deste mês, por volta das 16h desta quinta-feira (30). O alvará de soltura foi assinado pela juíza de Ipojuca, Ildete Veríssimo, também nesta quinta (30), após a conclusão do inquérito que investigava o caso apontar que o ex-boxeador cometeu suicídio.

Após ser libertada, Amanda Rodrigues seguiu para o escritório de seu advogado, Célio Avelino, no Recife. Ao sair da prisão, ela afirmou estar feliz porque vai reencontrar o filho e a família. "Eu queria agradecer a todo mundo que tinha orado e acreditado em mim, principalmente minha irmã, meu pai e minha mãe", disse a ex-suspeita.

A juíza concedeu a liberdade baseada na conclusão do inquérito policial, que aponta que Arturo Gatti cometeu suicídio. O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Manoel Carneiro, o gestor do Instituto de Criminalística (IC), Evson Lira e o delegado de Ipojuca Paulo Alberes, confirmaram, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (30), que a conclusão das investigações apontou que Arturo Gatti se matou.

INVESTIGAÇÃO
De acordo com o laudo da polícia, antes de cometer o suicídio, Arturo Gatti se envolveu numa briga com a mulher, Amanda Carine, confusão testemunhada por cerca de 60 pessoas. “Eles brigaram na rua. Tanto é que ele a espancou violentamente e arrastou ela por um bom pedaço da rodovia puxando pelos cabelos”, disse o delegado Paulo Alberes.

Arturo teria agredido também um vigia, que chegou a perder os sentidos, ao tentar ajudar a mulher. Algumas pessoas que viram a cena ficaram revoltadas e chegaram a agredi-lo jogando pedras e até uma bicicleta, foi quando ele ficou ferido na cabeça. De volta ao hotel, Amanda se trancou no quarto com o bebê, enquanto Arturo ficou no térreo, disseram os policiais.

“Pelo que consta, ela subiu pouco depois das 2h da madrugada e desceu entre 6h e 6h30 para fazer leite do filhote”, disse a perita criminal Vanja Coelho.

Ainda de acordo com as investigações, foi neste intervalo que Arturo Gatti teria se suicidado. O corpo teria ficado três horas pendurado na escada do apartamento, até que a alça da bolsa se rompeu. “O seu peso entre 70 quilos e 1,70 metro de altura não deu sustentabilidade a alça da bola que se rompeu e por isso o corpo dele caiu", concluiu a perita.

Quando a mulher desceu, viu o marido no chão e achou que ele estava dormindo. A polícia só foi chamada quando ela percebeu que havia sangue em volta do corpo. Amanda foi considerada suspeita do crime e presa no mesmo dia. A morte aconteceu no dia 11 de julho, em um flat onde o casal estava hospedado na praia de Porto de Galinhas.

Amanda chegou a ficar 18 dias na prisão. De acordo com o delegado Paulo Alberes, não houve precipitação em pedir a prisão de viúva. “Quem pediu a prisão fui eu. Eu tinha dúvidas e queria continuar as investigações. A prisão dela não foi precipitação. E se a perícia tivesse dito o contrário? Em hipótese alguma foi precipitação”, explicou.

Da Redação do pe360graus.com

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