As homenagens lembrando os 20 anos da morte de Luiz Gonzaga, programadas para o próximo sábado, no município de Exu, cidade natal do Rei do Baião, não terá a presença do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Nem mesmo o comparecimento confirmado do governador José Serra (PSDB-SP), presidenciável com a predileção do peemedebista para 2010, será capaz de levá-lo ao Sertão do Araripe. Na visão de Jarbas, o evento teria um viés que interessaria exclusivamente aos tucanos, e sua participação poderia causar uma conotação eleitoreira.
“Realizei uma sondagem em torno do que seria o evento, de fato, e atestei que não caberia minha presença. É totalmente desnecessária a minha presença, é um evento de rua. Não vou transformar a programação numa disputa eleitoral”, disse Jarbas Vasconcelos, ontem, durante o lançamento do livro “É Tudo Verdade - memórias de um repórter”, do jornalista Ricardo Carvalho.
O senador também afirmou que não deve interferir na escolha do candidato do PSDB à Presidência da República. “Não vou contribuir em nada. O PSDB é que deve escolher seu candidato”, alertou. Ele deu a entender que também não deve participar da visita do governador Aécio Neves (PSDB-MG), marcada para agosto.
Defensor do afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), ele insiste na tática da pressão dos parlamentares para que seu correligionário deixe o cargo. “Se depender dele, ele nunca vai sair. José Sarney não vai renunciar, sem pressão ele permanece, temos que continuar pressionando”, analisou.
O destino eleitoral de Jarbas Vasconcelos, dentro do cenário político pernambucano, onde a oposição chega até a pressioná-lo para que decida sobre sua candidatura ao Governo do Estado, ainda requer cautela do senador. “Só decido no primeiro trimestre do ano que vem. Depois do Carnaval, provavelmente no mês de março”, contou.
As movimentações feitas pelo governador Eduardo Campos (PSB), que encaixou cinco ex-prefeitos dentro do governo socialista, foram consideradas normais pelo senador. Até mesmo, o ingresso do ex-prefeito João Paulo, agora secretário de Articulação Regional, que tem aproximações com o próprio Jarbas Vasconcelos. “João Paulo faz parte da base de apoio ao Governo do Estado. Acho que é normal”, avaliou Jarbas Vasconcelos.
JAIRO LIMA (FOLHA DE PERNAMBUCO)
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