Depois de receber uma descarga elétrica ao tocar no corrimão de um brinquedo de um parque de diversão, Jairo Domingos dos Santos, 10 anos, tombou da escada e sofreu um traumatismo que o levou à morte, no dia 10 do mês passado, em São Domingos, distrito de Brejo da Madre de Deus, Agreste pernambucano. Em decorrência da queda, o garoto sofreu uma lesão na medula espinhal, cuja função principal é a comunicação entre o cérebro e o restante do corpo. Esta foi a causa da morte apontada pelo Instituto de Medicina Legal (IML).
Com o resultado da perícia em mãos, o delegado Edvan Gomes optou por indiciar o proprietário do parque, Adriano Pinheiro de Torre, e o operador do brinquedo, conhecido como Surf, José Ailton Ferreira da Silva, por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Os dois responderão em liberdade. Caso sejam condenados, podem pegar de um a três anos de reclusão. Ambos não têm antecedentes criminais.
Segundo o delegado, as testemunhas afirmaram em depoimento que o operador não desligou o brinquedo imediatamente após a descarga elétrica.
Embora o menino tenha morrido logo depois da queda, seu corpo ainda chegou a ser levado ao Hospital Municipal Raymundo Francelino Aragão, no município próximo de Santa Cruz do Capibaribe, por um rapaz que estava no local. E em seguida foi para o IML de Caruaru.
Já o proprietário do parque acabou responsabilizado por ter montado o parque sem a supervisão de profissional habilitado. "Depois do acidente, o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) foi ao local e perguntou pelo engenheiro responsável. Não havia ninguém. O dono do parque disse que ele mesmo montou o brinquedo, com a ajuda de alguns funcionários", explicou Edvan Gomes. O brinquedo foi desligado e o parque, interditado para o trabalho de perícia.
Do Jornal do Commercio
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