quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Ex-mulher de boxeador, morto em PE, poderá ser acusada de homicídio
"Foi assassinato", dizem investigadores dos Estados Unidos e do Canadá que apuraram no Brasil a morte do campeão mundial de boxe Arturo Gatti. O caso aconteceu em 2009. Agora, dois anos depois, surge essa nova versão que contesta a conclusão da polícia de Pernambuco.
Suicídio ou assassinato? Em julho de 2009, o boxeador Arturo Gatti, duas vezes campeão mundial, foi encontrado morto no quarto de um hotel em Porto de Galinhas, em Pernambuco. A mulher, Amanda Rodrigues, foi presa acusada de ser a autora do crime. Ficou 18 dias na cadeia e saiu, porque o inquérito da Polícia Civil pernambucana constatou que houve suicídio.
A família e o empresário do boxeador contrataram perito criminal, engenheiro, físico, agente do FBI aposentado e detetives particulares para fazerem uma investigação paralela. O resultado foi apresentado na academia onde Arturo Gatti treinava. A conclusão é diferente da tese apresentada pela polícia.
Do G1
“O senhor Gatti foi assassinado. Não houve suicídio de forma alguma”, afirmou o perito. O coordenador do grupo ainda fez uma acusação: “A mulher dele disse que era a única pessoa que estava no apartamento quando ele foi morto. Nós concluímos ser ela a suspeita”.
A posição em que o corpo foi encontrado, a cinta usada para um possível suicídio, o peso do corpo, o local da queda e outros cálculos matemáticos levam a constatação de que Arturo Gatti foi enforcado, dizem os técnicos envolvidos na investigação particular.
O advogado brasileiro Eduardo Trindade, contratado pela família de Arturo Gatti, disse que todo o documento vai ser traduzido para a língua portuguesa e apresentado à Justiça como prova.
“Na visão de todos os especialistas, não resta absolutamente nenhuma dúvida de que Arturo Gatti foi assassinado. Vamos levar toda essa documentação, toda essa prova técnica para o promotor público para que ele analise e forme sua convicção”, afirmou o advogado Eduardo Trindade.
A expectativa da família de Arturo Gatti é que o Ministério Público apresente uma denúncia contra Amanda Rodrigues. Célio Avelino, advogado de Amanda Rodrigues, disse que não tomou conhecimento dessa investigação particular. Informou também que ela não tem legitimidade para anular a investigação policial brasileira, que foi submetida à apreciação do Ministério Público e da Justiça no Brasil.
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