sábado, 8 de maio de 2010
Pai se entrega após admitir ter estuprado e engravidado filha
Um funileiro do município de Caruaru, no Agreste, se entregou na sede da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), nesta sexta-feira (7), após assumir ter estuprado e engravidado a própria filha de 15 anos (13 na época). A jovem deu à luz em janeiro deste ano e, mesmo após os abusos, que começaram em junho de 2008, segue vivendo com o pai, a mãe e três irmãos na casa de parentes em Jaboatão dos Guararapes. Por ter se apresentado espontaneamente, o homem foi liberado após prestar esclarecimentos.
A garota escondeu a gravidez enquanto pôde e, já prestes a ter o bebê, inventou que o pai da criança seria um menino do colégio. O Conselho Tutelar de Caruaru chegou a procurá-lo, mas não localizou nenhum suspeito. Semanas após o nascimento, a adolescente revelou o segredo à mãe, que preferiu não denunciar o marido. "A mãe contou que o companheiro pediu desculpas às duas e elas aceitaram", disse a delegada responsável, Kelly Luna.
A família, que vivia em Caruaru na época dos abusos, veio para o Recife após boatos de que o pai da vítima seria linchado, caso permanecesse na cidade. De imediato, o homem se mudou para a casa de parentes em Prazeres, em Jaboatão. Em seguida, vieram a mulher, a filha, o bebê e os três irmãos. Todos seguem vivendo sob o mesmo teto.
De acordo com a delegada Kelly Luna, o Conselho Tutelar de Jaboatão dos Guararapes já foi notificado sobre o caso e deverá analisar a situação para saber que atitude deverá tomar com relação à guarda da garota. A mãe deverá ser denunciada por negligência, por não ter informado o caso às autoridades.
A delegada acrescentou que irá analisar se pedirá a prisão preventiva ou temporária do pai da vítima. "Estamos iniciando agora o inquérito e irei reunir todas as informações para decidir pela prisão ou não dele. Como ele se apresentou espontaneamente e já não havia a situação de flagrante, ele foi liberado", explicou.
A policial contou, ainda, que a garota violentada disse, em depoimento, que perdoou o agressor pelo abuso, mas que não gostaria de viver com ele por medo, além de não considerá-lo mais seu pai. Além da vítima, a delegada escutou a mãe e outros três parentes da vítima. O caso ficará sob responsabilidade da GPCA.
Do JC Online
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