Os pacientes, a maioria do interior do Estado de Pernambuco, reclamam do atendimento e da falta de leitos no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape). Segundo a direção da instituição, o número de funcionários é insuficiente para atender tanta gente.
Por conta disso, o Procape tem passado a maior parte do tempo lotado. As pessoas que visitam do local vem de diversas localidades, como Carpina, Caruaru e Ouricuri. Muitas dizem que quem procura a emergência é atendido com atenção e o problema está na carência de leitos.
É o caso de Flávia Silva, profissional de relações pública que trouxe a avó do marido, uma idosa de 86 anos, e sofreu com a ausência de leitos: “ela está toda inchada, com os pés pendurados porque não há leito”.
A dona de casa Michelle de Albuquerque, também reclamou. Desta vez por não poder acompanhar a sogra, de 59 anos, que veio de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, com um princípio de enfarte: “Está muito cheio. Por conta disso não pode ter acompanhante. E não tem lugar pra ela”.
O Procape é a segunda maior emergência cardiológica do País. Ela realiza cerca de mil procedimentos diários, perdendo apenas para o Instituto do Coração de São Paulo (Incor). O hospital foi inaugurado em julho de 2006 e, atualmente, é credenciado ao Sistema Único de Saúde e tem 207 leitos.
O número é pequeno assim como o de funcionários, principalmente, no laboratório de hemodinâmica, um dos setores mais importantes do Procape. Quem diz isso é o próprio diretor da unidade, Breno Filho, que também acha necessária a ampliação do horário de atendimento.
“Inicialmente, quando o Procape foi inaugurado, nós tínhamos 100 atendimentos mês/dia de hemodinâmica de cateterismo cardíaco, angioplastia e procedimentos cardiológicos. Atualmente fazemos 400 com o mesmo pessoal”, informou.
De acordo com a direção do Procape, um projeto para melhoria no atendimento aos pacientes, já foi encaminhado para avaliação da Secretaria Estadual de Saúde.
Da Redação do pe360graus.com
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