Do JC Online
Sambista Antônio Carlos Mota morreu durante uma troca de tiros no Centro do Recife
Foto: Reprodução A bala perdida que matou o sambista Antônio Carlos Mota, 50 anos, na Rua Princesa Isabel, no Centro do Recife, partiu da arma do Policial Militar, que ainda não teve o nome revelado. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (14) pelos delegados Antônio Barros, do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), e Patrícia Soledade, da delegacia de Roubos e Furtos.
A perícia do Instituto de Criminalística chegou à conclusão de que o tiro fatal teria partido da arma do PM, após determinar que a bala encontrada no corpo da vítima era uma munição de pistola ponto 40, usada exclusivamente pelas polícias Civil e Militar. A bala é diferente da usada em revólver calibre 38 que foi encontrado com os bandidos.
O crime aconteceu após o funcionário de um cartório sacar R$ 35 mil em uma agência bancária. Dois homens em uma moto abordaram o rapaz e anunciaram o assalto. O PM que passava pelo local tentou impedir e trocou tiros com os ladrões. Com o tiroteio, houve correria e o sambista acabou atingido por um disparo no tórax e morreu na hora.
Na manhã desta sexta (14), a polícia apresentou os três suspeitos de terem participado do crime. São eles Henrique Santos de Oliveira, 27 anos, que era motoboy do cartório e segundo a polícia, foi quem avisou aos outros dois suspeitos, Paulo Felipe Oliveira de Castro, 23, e Bruno Leonardo Ferreira, 23, que o funcionário teria sacado o dinheiro.
Ainda de acordo com a polícia, o PM será autuado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e, por enquanto, responderá ao processo em liberdade. Já os outros três acusados responderão por roubo e serão encaminhados ao Centro de Triagem (Cotel) em Abreu e Lima.
Bruno Leonardo foi preso no dia 11 de maio na Comunidade Entra Apulso em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, Paulo Felipe foi detido no dia 12 deste mês em Peixinhos, Olinda, e Henrique foi encontrado nessa quinta (13).
Carlinhos, como costumava ser chamado, era presidente da Escola de Samba Unidos de São Carlos, do bairro de Afogados, Zona Oeste da capital pernambucana, há 35 anos. Durante as investigações, o Disque-Denúncia chegou a oferecer a quantia de R$ 2 mil por informações que levassem a prisão dos suspeitos.
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