quarta-feira, 19 de maio de 2010
Polícia prende homem suspeito de matar mulher e esconder corpo em mala
Agentes da polícia do Rio de Janeiro prenderam, nesta terça-feira (18) o homem acusado de matar a mulher e esconder o corpo numa mala. O pernambucano Rafael da Silva Lima, de 27 anos, é suspeito do assassinato de Íris Bezerra de Freitas, com quem era casado e tinha uma filha.
Sob escolta dos agentes cariocas, Rafael embarcou na tarde desta terça-feira no aeroporto do Recife num voo da Gol com destino ao Rio de Janeiro.
O corpo da jovem foi encontrado no dia 8 deste mês, dentro de uma mala, por funcionários da Rio Águas, órgão da prefeitura responsável pela limpeza do canal no Leblon, Zona Sul. Foragido desde o aparecimento do corpo, investigadores acreditam que Rafael teria fugido de ônibus para o Nordeste, onde tem parentes.
Rafael da Silva Lima teve a prisão temporária decretada no dia 9, de acordo com o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Testemunhas disseram que, na madrugada de sábado (8), Rafael foi visto saindo da casa onde morava com Íris, na Rocinha, Zona Sul do Rio, levando uma mala.
Imagens das câmeras de um prédio registraram uma cena, que pode se tornar uma das principais provas contra o suspeito. De acordo com o vídeo, por volta das 6h30 de sábado, um homem caminha em direção à avenida Visconde de Albuquerque, carregando uma mala preta. Horas depois, o corpo foi encontrado no canal, dentro de uma mala, a poucos metros da praia.
CRIME
Íris Bezerra Freitas foi morta a facadas. Segundo a polícia, os dois já não viviam mais juntos havia um mês. A polícia acredita que o crime tenha caráter passional, pois ele já estaria insatisfeito com o rompimento, disse o delegado Felipe Ettore, do Rio de Janeiro.
Atualmente, Rafael estava sem emprego. Íris trabalhava como operadora de caixa numa loja em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Dias após o crime, colegas afirmam que o relacionamento dos dois não era bom. “De uns tempos para cá, ela andava com medo, porque ele andava espiando ela. Ele roubou os documentos dela. Para a gente foi um baque”, contou uma amiga da vítima.
Segundo Ettore, é provável que a morte de Íris tenha sido premeditada. “Os indícios secundários, como a bolsa e a saída do filho do casal do estado antes do crime, apontam premeditação”, detalhou.
Ainda de acordo com o delegado, um dia antes de o corpo ser encontrado, uma amiga havia registrado o desaparecimento da jovem na 14ª DP (Leblon).
SEPARAÇÃO
Rafael e Íris tinham histórias parecidas. Dois nordestinos que vieram em busca de emprego no Rio. Ele saiu de Pernambuco e ela deixou a casa dos pais na zona rural de Fagundes, município a 120 quilômetros de João Pessoa (PB).
Os dois moravam na Rocinha há dois anos. João Bezerra da Silva, tio da vítima, contou que duas semanas antes de morrer a jovem telefonou para a família dizendo que o casamento iria acabar. “Ela ligou para a mãe falando que estava se separando do Rafael, mas assim separar numa coisa legal, nada de violência não tinha nada acontecido além da separação”, disse.
Amigos de Íris disseram aos investigadores que Rafael foi visto na favela carregando uma mala semelhante àquela em que estava o corpo. Em depoimento ao delegado que investiga o caso, testemunhas também contaram que, ao sair da Rocinha com a mala, o rapaz teria sido surpreendido por traficantes, que o espancaram e o mandaram se entregar à polícia.
Da Redação do pe360graus.com
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