Cinco pessoas envolvidas com uma empresa do ramo de confecções em Caruaru, no Agreste, foram presas neste fim de semana suspeitas de sonegar impostos. A prisão é resultado de investigações do Grupo de Atuação Permanente e Estratégico no Combate à Sonegação Fiscal (Gape), que identificou as primeiras 51 empresas em situação irregular.
As empresas foram denunciadas pelo Ministério Público de Pernambuco. “O trabalho começou em fevereiro, quando identificamos uma soma de R$ 14 milhões em irregularidades. O próximo passo é tirar do mercado essas empresas que fazem uma concorrência desleal”, disse o coordenador do Gape, Oscar Vital (foto 1).
Todas receberam uma notificação extrajudicial, uma espécie de aviso para quitação ou parcelamento do débito. Vinte três das 51 empresas atenderam ao chamado. As demais começaram a ser investigadas pelos crimes contra a ordem tributária.
Em Caruaru, a polícia descobriu que a Max Confecções estaria devendo quase R$ 4 milhões ao Estado devido à sonegação fiscal, praticada desde a sua abertura há quatro anos. “Todas as empresas precisam pagar impostos na entrada e saída do produto final, e essa estava usado mecanismos falsos para justificar o não pagamento”, explicou o delegado Francisco Rodrigues.
No último sábado (15), a polícia cumpriu cinco dos seis mandados concedidos pela Justiça. Foram presos os dois contadores da Max Confecções, Marcos Domingos de Silva e Maria de Lourdes Macedo Ferreira, e três pessoas que permitiram que seus nomes fossem usados na constituição da empresa, Paulo Jorge de Souza, Antônio Paulo da Silva e Patrícia Maria da Silva Nunes.
O dono da empresa, Maurício da Cunha Sangreman Pincho, está foragido.
Agora, a Procuradoria Geral do Estado vai tentar recuperar o dinheiro judicialmente, pedindo, se necessário, a penhora dos bens.
Da Redação do pe360graus.com
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