terça-feira, 18 de maio de 2010
Niedja Santana, diretora-médica do Hospital-Maternidade de Vertentes, rebate acusações do Cremepe
A diretora-médica do Hospital-Maternidade de Vertentes, Niedja Santana, negou a denúncia feita pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) de que estaria cobrando por consultas médicas na unidade filantrópica mantida pela Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância (Adami).
Segundo a médica, nenhum paciente paga nada pelas consultas que não são cobertas pelo SUS. O que acontece é que o hospital pede "doações voluntárias" para pagar os profissionais que atendem nas especialidades de oftalmologia, ortopedia, cardiologia, otorrinolaringologia, ginecologia e pré-natal.
Para Niedja, os pacientes estão insatisfeitos porque têm de esperar até três meses para serem atendidos. "Como a população dos municípios circunvizinhos não tem esses serviços, corre para a gente, o que provoca superlotação. Atribuo (essa denúncia) à desinformação. Acredito que esteja havendo uma falha na comunicação e na orientação dessa população", explica a ginecologista.
Como os R$ 88 mil que o Ministério da Saúde repassa para a Prefeitura de Vertentes que, por sua vez, repassa o montante para o único hospital do município, cobrem apenas os serviços de urgência e emergência, o hospital diz depender das doações para realizar as consultas.
De acordo com Niedja, cada um paga o que quiser através de boleto bancário. Ela afirma que, em média, 2.500 pessoas fazem doações que somam aproximadamente R$ 14 mil por mês. "A gente vive no vermelho. Por ser filantrópico, tem que investir tudo o que entra", diz Niedja. De tudo o que entra, ela diz sobrar apenas R$ 750 por mês. O único auxílio dado pela prefeitura, garante a médica, são quatro ambulâncias, além do repasse do dinheiro do SUS.
A necessidade das doações surgiu no mesmo momento em que começaram as consultas, em 2008, explica a diretora-médica. "Sem doação a gente não tem condições de manter as consultas", afirma.
A médica diz ter tomado conhecimento das denúncias somente com a Caravana do Cremepe, que inspecionou unidades de saúde no interior do Estado. Niedja garante não ter o que temer. "Com essa credibilidade de 40 anos que a gente tem, não temos medo de Ministério Público nem de coisa nenhuma. A gente tem defesa. É só ir lá e verificar. O Cremepe está no papel dele e os outros órgãos, no papel de ir lá e verificar. Vou esperar o relatório oficial do Cremepe para entregar o caso ao (departamento) jurídico."
Fonte:blog de Jamildo
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