sexta-feira, 21 de maio de 2010

Jovem contratado por Delma para assumir assassinato de Jennifer sofre atentado


O ex-presidiário de 26 anos que afirmou ter sido contratado por Delma Freire para assumir envolvimento na morte da turista alemã Jennifer Kloker, ocorrida em fevereiro deste ano, em São Lourenço da Mata, sofreu um atentado na noite desta quinta-feira (21). Segundo as primeiras informações da polícia, o jovem estaria em uma residência no Centro de São José da Coroa Grande, no Litoral Sul do Estado, quando homens não identificados tentaram assassiná-lo a tiros.

Um dos policiais responsáveis pela ocorrência, o sargento Pedro Santos, contou os detalhes da tentativa de homicídio. "Ele estava sozinho em uma residência próxima à pista, quando dois homens se aproximaram e desferiram vários disparos. Pelo menos quatro atingiram a casa. Fomos chamados, mas quando chegamos os suspeitos já haviam fugido". De acordo com o oficial, o jovem informou à Polícia que reconheceu um dos homens. "Ele falou que um deles se chamava 'Ito' e que seria conhecido de Delma Freire", acrescentou o sargento.

O rapaz foi levado à delegacia da cidade, onde permanecia sob escolta durante a madrugada. Até às 2h30, o delegado Alexandre Henrique realizava diligências pela região, no intuito de localizar os suspeitos. "Ainda não temos muitas informações sobre o crime, pois o nosso pessoal está na rua para tentar encontrar os envolvidos", contou o comissário Édson Arouxa. O jovem, que estaria incluído no Programa de Proteção a Testemunhas, aguardava a presença de policiais do Recife para deixar São José da Coroa Grande.

» Homem diz ter recebido oferta de R$ 20 mil para confessar assassinato da alemã

O ex-presidiário quase provocou uma reviravolta no Caso Jennifer. No dia 15 de março, concedeu uma entrevista à Rede Globo contando uma versão da história que inocentaria a sogra de Jennifer, formalmente acusada pelo crime. Após a entrevista, que não foi ao ar, o rapaz se entregaria no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No meio do caminho, no entanto, resolveu mudar o itinerário e foi até o Grupo de Operações Especiais (GOE), onde revelou a farsa.

Em entrevista coletiva concedida no auditório do GOE, o homem contratado afirmou que ganharia R$ 20 mil e um passaporte falso para fugir do País, caso confessasse participação no assassinato. “Delma me disse que não daria tempo para decretarem a prisão e que um advogado chamado Fernando me daria os R$ 20 mil ao sair do DHPP”, disse na ocasião. Na mesma entrevista, O ex-detento pediu para ter o nome preservado por medo de ser morto pelos “comparsas de Delma” e informou que teria solicitado proteção policial.

Do JC Online

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