quinta-feira, 20 de maio de 2010
Campos tem 200 ações até 3 de julho
Até o dia 3 de julho a ordem no Palácio do Campo das Princesas é fazer com que o governador Eduardo Campos (PSB) entregue o máximo possível de obras, pois, a partir dessa data, ele ficará impedido de participar de inaugurações conforme determina a Legislação Eleitoral. Até lá, nada de entrar no jogo da oposição e rebater o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). O intuito do cronograma, composto por cerca de 200 ações, é consolidar ainda mais a imagem de Eduardo como um realizador capaz de tirar as propostas do papel. O chamado grand finale da estratégia será a inauguração do Hospital Metropolitano Sul Dom Helder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, prevista para o dia 28 de junho. Dois dias depois, Campos será homologado candidato na convenção conjunta com todos os partidos de sua base.
O próprio governador confirmou a estratégia, ontem. “Vamos continuar a entregar obras à sociedade”, garantiu Eduardo, argumentando que seu “tempo não é de campanha”. “Se vocês acompanharem não só aqui em Pernambuco, mas em outros estados, é natural que essas coisas deixem para ser resolvidas na hora em que a lei determina. Vamos nos posicionar dessa forma”, justificou o socialista, que só anunciará a chapa completa da situação na segunda quinzena de junho.
Para o governador, as definições no cenário nacional no tocante à formação das coligações partidárias repercutirão nos estados. “A partir daí, a gente vai ter o balizamento para poder fechar nos estados. Por que fazer antes?”, questionou Campos.
ALIADOS
Governistas avaliaram, em reserva, que caso o PP migre para o palanque jarbista, o deputado federal e presidente estadual da sigla, Eduardo da Fonte, perderá sua principal base: São Lourenço da Mata, administrada por Ettore Labanca (PSB), que é ligadíssimo ao governador. Esse fato seria um ponto a favor de Campos na disputa. Labanca, inclusive, tem trabalhado muito para manter o PP no palanque eduardista. Do outro lado, o senador Sérgio Guerra (PSDB) está negociando com Eduardo da Fonte o apoio ao senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Na semana passada, Eduardo da Fonte confirmou a “tendência” da legenda em votar no governador. Mas ponderou que a decisão do PP pernambucano só será tomada depois que o diretório nacional, dividido entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), se posicionar.
Quanto ao PR, os eduardistas disseram que as constantes informações de que o partido também estaria negociando apoio à oposição não preocupa o Palácio. Os governistas, inclusive, asseguraram que o deputado continuará com Campos.
ARTHUR CUNHA(FOLHA DE PERNAMBUCO)
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