Um levantamento encomendado pelo Partido Democratas, divulgado ontem pelo Instituto Ibope, apontou que, se a eleição fosse hoje, o governador Eduardo Campos (PSB) estaria reeleito com 55% dos votos, enquanto o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), candidato da oposição, ficaria com 31%. Ambos na sondagem estimulada. O pré-candidato do PSTU, Edilson Silva, obteve 1%, igual a Kátia Teles (PSTU), enquanto Sérgio Xavier (PV) aparece com 0%. A ressalva é que o PSTU disputará o Governo com Jair Pedro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Na pesquisa espontânea, os números caem. Eduardo Campos figura com 23% e Jarbas Vasconcelos 7%. O Ibope quis saber dos 1.204 entrevistados como eles votariam em caso de segundo turno. Mais uma vez o governador aparece na liderança, com 56% das intenções de voto contra 34% do concorrente. Os percentuais de rejeição também foram verificadose 18% disseram que não votariam de jeito nenhum no governador e 31% no senador. Disseram que votariam com certeza em Eduardo Campos, 48%, e 28% em Jarbas.
Enquanto a campanha não começa oficialmente, os partidos que sustentam as duas candidaturas já abrem o ringue das disputas judiciais. Ontem, o PSL tentou impugnar a pesquisa encomendada pelo DEM alegando que não estava claro onde teriam sido recolhidas as informações. Antônio de Oliveira, presidente estadual da sigla, argumentou tratar-se apenas de um pedido de informação.
“Não seria uma impugnação. Na leitura que eu fiz, não está esclarecido as cidades pesquisadas. Eu precisaria dessa informação completa para me convencer da confiabilidade dos números”, alegou o dirigente. Oliveira afirmou ainda que não houve autorização prévia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização da pesquisa conjunta para a sucessão nacional. Antônio de Oliveira negou que sua atitude tenha conotação político-partidária argumentando que o PSL ainda não escolheu que chapa majoritária apoiará.
O desembargador-auxiliar da Propaganda, Antônio de Melo e Lima, entretanto, autorizou a divulgação da sondagem, alegando não vislumbrar vícios na pesquisa, uma vez que o instituto tem até 24 horas depois da divulgação para apresentar a complementação dos dados, caso necessário. Foi impedida apenas a divulgação dos números sobre a Presidência da República. O Ibope ouviu 1.204 eleitores, entre os dias 14 e 16 de maio. A pesquisa está registrada no TRE/PE sob o número 20.916/2010.
BRUNA SERRA Especial para a Folha
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