O motivo da morte da turista alemã Jennifer Kokler, de acordo com a Polícia Civil, era um seguro de vida em nome de Ferdinando Tonelli – padrasto do companheiro dela, Pablo Tonelli. O que não se sabia é que o seguro tinha valor aproximado de R$ 1,2 milhão. O montante foi divulgado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta quinta-feira (8), através da apresentação de documentos da Polícia Internacional (Interpol).
Os três principais envolvidos na morte de Jennifer – Ferdinando e Pablo Tonelli, além da sogra, Delma Freire – tinham registro criminais na Itália. Ferdinando é acusado de homicídio. Delma, por sua vez, responde por crimes de invasão a domicílio e lesão corporal. Contra Pablo, há acusações de que ele cometeu roubos em uma cidade chamada Forli, nos anos de 2003 e 2005.
No dia 26 de junho do ano passado, Jennifer havia prestado queixa contra o companheiro, acusando-o de espancamento e maus tratos. A vítima, por sua vez, não possuía nenhuma passagem pela polícia italiana.
Outra novidade é um segundo seguro de vida, dessa vez em nome de Pablo, que também tinha Ferdinando como beneficiado. O valor desta apólice seria de 500 mil euros - mais R$ 1,2 milhão. O padrasto também tinha uma empresa de pavimentação e construção civil chamada Ferdinando Pablo Tonelli (FPT), que faliu em 2009. Ambos os seguros – de Jennifer e Pablo – foram feitos durante o processo de falência.
“O fato de Pablo entrar como assegurado seria justamente para não levantar suspeita, caso ele só fizesse em nome de Jennifer”, falou o gestor do DHPP, Joselito Amaral (foto).
Todos os três foram denunciados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), esta semana, por homicídio duplamente qualificado, devido ao motivo do crime ser torpe e à vítima não ter tido chance de defesa. Eles também foram denunciados por formação de quadrilha e Delma, especificamente, por fraude processual.
O relatório da Interpol será encaminhado ao MPPE ainda nesta quinta.
Da Redação do pe360graus.com
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