quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Náutico perde de virada com gol no fim do jogo
O Náutico pagou o preço pela ansiedade de seu treinador em querer ganhar uma partida de futebol apenas com atacantes e perdeu para um time inferiorizado numericamente. Depois de dominar o segundo tempo, o timbu sucumbiu na etapa final e saiu de campo derrotado por 2x1, de virada, depois de dois anos sem perder para o São Paulo nos Aflitos. O time pernambucano permanece com 26 pontos e o atual tricampeão brasileiro chegou aos 48.
Foi o triunfo da razão sobre a emoção. Quando o visitante perdeu Richarlyson aos 29 do segundo tempo, Geninho acionou Tuta no lugar de Patrick, deixando o time com quatro atacantes (Tuta, Elton, Carlinhos Bala e Bruno Mineiro) e apenas um volante para cobrir o meio-de-campo e a lateral direita. Foi por ali que o São Paulo conseguiu virar o jogo e conseguir duas expulsões para os pernambucanos.
O jogo começou um tanto truncado mas com o time da casa levando vantagem territorial. Fruto de uma marcação forte que mal permitia o São Paulo ultrapassar a linha divisória do gramado. Assim, os alvirrubros criaram a primeira grande chance aos cinco minutos. Num cruzamento da esquerda para a direita, Patrick tentou dominar e foi derrubado por Júnior César dentro da área. Pênalti claro. Bruno Mineiro foi para a cobrança e bateu muito mal, facilitando a defesa de Bosco.
Apesar do pênalti o panorama não mudou. O Náutico continuou dominando as ações e sem permitir que o tricolor rondasse a meta de Glédson. Faltava apenas combinar melhor uma jogada para finalizar com perigo. E isso aconteceu aos 12 minutos. Na sequência de um escanteio, Márcio cabeceou e Bruno Mineiro completou. Bosco fez grande defesa, mas a bola ficou rolando na frente do gol. Bruno estava esperto e empurrou para o fundo das redes.
A marcação do Náutico estava tão boa que o São Paulo só conseguiu chutar em direção ao gol aos 16 minutos. E a finalização não teve maiores consequências pois a bola bateu em Márcio. Tivesse um pouco mais de qualidade no seu meio-de-campo, principalmetne porque Aílton estava em má jornada, o timbu poderia chegar mais perto do segundo gol.
Somente a partir dos 20 minutos, o São Paulo conseguiu respirar um pouco. Jorge Wagner passou a se movimentar mais e dar opção, pois Hernanes e Borges estavam bem marcados. Aos 28, ele deu um belo drible em Derley e chutou com perigo, à esquerda. Porém, dois minutos depois, Júnior César complicou as coisas ao ser expulso. Ele reclamou veementemente do juiz e tomou amarelo. Como fora advertido antes ao cometer o pênalti, recebeu vermelho.
No restante da etapa, o Náutico voltou a ter mais volume de jogo e teve duas boas chances, ambas com Carlinhos Bala, aos 31 e 41. Nas duas, Bosco defendeu.
O Náutico voltou para o segundo tempo com o argentino Mariano Torres no lugar de Irênio. Mas o que mudou mesmo foi a postura do time da casa. Ao invés de manter a pegada mais forte no meio, deixou espaço demais para Richarlyson e Hernanes raciocinarem. Com isso, o São Paulo equilibrou o jogo mesmo com um jogador a menos. Vendo seu time bem, Ricardo Gomes resolveu arriscar e pôs Hugo no lugar de Renato Silva, aos 13 minutos.
Coincidência ou não, no minuto seguinte saiu o empate. Numa cobrança de falta Hernanes mandou para o gol e a bola desviou em Vágner, tirando qualquer chance de defesa para Glédson. Foi a vez de Geninho arriscar: Vágner saiu para entrada do atacante Elton. A partida ficou equilibrada com os dois times revezando-se nas chances de gol.
Aos 22, Patrick cruzou rasteiro e Bruno Mineiro entrou de carrinho para mandar por cima. A resposta dos paulistas veio três minutos depois quando Jean recebeu livre no meio e avançou para chutar raspando a trave direita. Quando a situação começava a ficar perigosa, o São Paulo sofreu novo baque. Richarlyson tomou o segundo amarelo aos 29 e foi expulso.
Nessa situação o jogo ficou totalmente aberto. Pois o Náutico foi afoito para conseguir seu gol e o São Paulo, até pela formação ofensiva, não tinha como recuar. Hugo teve duas grandes chances. Aos 30 e 32. Na primeira, a cabeçada passou raspando a trave direita. Na segunda, o chute rasteiro foi defendido por Glédson. Pelo lado alvirrubro, Carlinhos Bala recebeu de Aílton aos 31 e por pouco não acertou o canto direito. Mariano Torres também obrigou Bosco a trabalhar.
No fim, aos 40, Cláudio Luiz foi expulso por tomar o segundo amarelo. Foi o primeiro castigo por Geninho ter tirado o lateral Patrick (entrou Tuta), pois a falta aconteceu justamente no setor de marcação dele. E o segundo castigo foi fatal. Aos 43, Oscar recebeu pelo lado esquerdo e rolou para Hugo chutar forte, no ângulo direito de Glédson. Quando pôs Michel na direita para tapar o buraco, novo castigo: Michel foi expulso ao fazer falta em Oscar. Aos 49, Rodrigo chegou cara a cara com Glédson e mandou por cima.
Do JC Online
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