sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Eduardo: “Nós estamos juntos”
O governador Eduardo Campos (PSB) acredita que o cenário com muitas candidaturas presidenciais, em 2010, não atrapalhará a convivência entre os partidos que integram sua base no Estado. Defensor do projeto Ciro Gomes (PSB) para o Palácio do Planalto, o socialista destacou, ontem, que, no plano nacional, cada legenda pedirá voto para o seu postulante, mas no âmbito estadual, entretanto, todos devem estar unidos em torno de sua reeleição. “Nós estamos juntos, temos um conjunto de forças, um projeto para o Estado. Governamos a capital juntos, ajudamos o presidente Lula (PT) na sustentação do Governo Federal. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, temos maturidade política”, salientou o governador, após reunir-se com o presidenciável do PSB.
Eduardo Campos defendeu a pré-candidatura de Ciro Gomes, argumentando que seu partido não está fazendo nada “pelas costas do PT”. “Não estamos fazendo sem o conhecimento do presidente. Tudo o que nós fazemos aqui, combinamos com o presidente da República, com a direção do partido e com a direção do PT”, justificou Campos, que, apesar do discurso, ainda não tinha avisado a Lula sobre a mudança do domicílio eleitoral de Ciro, quando anunciou a mudança pela Imprensa.
O governador defendeu duas candidaturas governistas à Presidência, ressaltando que, ao lançar mão da estratégia, Lula pode garantir a vitória das forças aliadas. “O fato é que as pesquisas em sequência estão confirmando isso. Na última (CNI/Ibope), pela primeira vez, a oposição ficou claramente minoritária diante da expressão do eleitor brasileiro”, avaliou Eduardo, que, no entanto, chamou atenção para as especificidades de cada pleito.
“Cada eleição é uma eleição. Não se repetem circunstâncias históricas assim, mas tem ensinamentos que nós tiramos como o de Pernambuco. Não vou dizer que (duas candidaturas) dão certo sempre. Em 2008, a oposição tentou repetir a nossa estratégia (de 2006) e errou”, lembrou.
Ao contrário de Ciro Gomes, o governador garantiu que o PSB não trabalha com a possibilidade de lançar o deputado cearense ao governo paulista. “Os termos dessa pré-candidatura já foram afirmados, o conteúdo dela, o que ela representa. Conversamos isso de forma muito clara com o presidente Lula, com a direção do PT, com a própria ministra Dilma (Rousseff/Casa Civil), candidata do PT à Presidência da República. Não estamos discutindo a candidatura ao Governo de São Paulo, estamos discutindo a pré-candidatura de Ciro à Presidência da República. São Paulo vai levar todo esse debate, que, efetivamente, será uma oportunidade para Ciro se colocar”, sublinhou.
ARTHUR CUNHA (folha de pernambuco)
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