terça-feira, 11 de maio de 2010
Governador recomenda à equipe cuidar da gestão
Na primeira reunião do ano com o seu secretariado, iniciada ontem, em um hotel no município de Moreno, o governador Eduardo Campos (PSB) determinou que os auxiliares não misturem ações administrativas com campanha eleitoral, que só começa, oficialmente, em julho. O socialista pediu que os 27 secretários não extrapolem os prazos de entrega das obras e se concentrem, sobretudo, nas ações que ainda estão emperradas. A outra parte do encontro foi dedicada ao monitoramento de sete pastas: Cidades, Recursos Hídricos, Transportes, Articulação Regional, Desenvolvimento Social, Mulher e Juventude e Emprego. Hoje, uma nova reunião do tipo será realizada, das 9h às 19h, no mesmo local. Às 14h, um porta-voz do Governo apresentará o balanço parcial do encontro.
A preocupação de Eduardo Campos em não misturar governo com eleição se justifica por dois motivos. Primeiro, porque não quer sofrer sanções por parte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na disputa contra o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Segundo, porque a maioria dos secretários não é do ramo político, mas técnicos. Ontem, o governador chegou a pedir que, para evitar confusões, os auxiliares consultem a Procuradoria Geral do Estado, que editou uma cartilha detalhando tudo o que pode e o que não pode ser feito pelos agentes públicos ao longo do processo eleitoral. O material já está sendo distribuído em todas as secretarias desde a semana passada.
Depois de prestar contas do que foi realizado em sua pasta, cada secretário ouviu sugestões do governador e dos colegas sobre o desentrave dos programas que não estão andando. De acordo com o secretário de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida, os maiores problemas estão em questões de licenciamentos e, principalmente, desapropriações, que demandam trabalho em praticamente todas as pastas. “Mas, em minha opinião, o Governo anda bem. É bom lembrar que são quase 800 ações em execução pelo Estado”, destacou Bosco, salientando que não estava falando em nome do Governo.
Realizada normalmente em março, este ano a reunião do secretariado está acontecendo em maio porque o governador preferiu esperar que os novos secretários se integrassem às suas pastas. Ao todo, são 11 novos auxiliares no primeiro escalão, entre novatos e remanejados: José Neto (Administração), Ranilson Ramos (Agricultura), Marcelo Canuto (Articulação Social), José Patriota (Articulação Regional), Dilson Peixoto (Cidades), Anderson Gomes (Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente), Wilson Damásio (Defesa Social), Nilton Mota (Educação), Fred Amâncio (Saúde), Eugênio Morais (Transportes) e Paulo Câmara (Turismo). Desses, só Dilson, Ranilson e Patriota são políticos.
ARTHUR CUNHA(FOLHA DE PERNAMBUCO)
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