O estudante de direito e empresário que matou um ladrão segunda-feira, durante uma tentativa de assalto na Estância, e acabou preso por porte ilegal de arma, foi colocado em liberdade provisória, nesta terça-feira. Ele deixou o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, por volta das 23h, acompanhado de seu advogado, Carlos Queiroz. Segundo o defensor, seu cliente foi ameaçado pelos familiares do assaltante morto, Luciano Liberato da Silva, que teriam dito, em depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que “tomariam providências”.
“Atirei para defender minha vida. Antes de ele abordar o carro da frente, virou para mim e engatilhou o revólver”, contou o empresário, que tem 44 anos e é proprietário de uma empresa de factoring. Ele disse ter percebido que atingira o rapaz quando o bandido caiu da moto em que estava de carona (o piloto conseguiu fugir).
“Estou muito perturbado e peço perdão à sociedade pelo que fiz. Ninguém tem direito de atirar em ninguém. Mas entre ele e eu, a minha vida é mais preciosa. Queria que o Estado pudesse nos dar segurança, mas não nos dá”, disse. O estudante tinha a arma desde 2004 e revela que foi a primeira vez que a usou. O porte de arma estava vencido desde agosto de 2009 e sua renovação foi requerida em dezembro do mesmo ano.
O estudante elogiou a polícia e disse que foi bem tratado tanto pelos policiais quanto pelos detentos do Cotel. “Eles me agradeceram pelo que fiz”.
A tentativa de assalto aconteceu na Avenida Recife, quando dois bandidos em uma moto atiraram em um carro. O estudante vinha logo atras e revidou. Luciano Liberato morreu na hora.
Do Jornal do Commercio
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