terça-feira, 4 de maio de 2010
Eduardo já tem propostas para o PT
Depois de admitir, no último domingo, que o PSB votará na presidenciável Dilma Rousseff (PT), o governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos, já fala abertamente em um “documento” com as “contribuições” que os socialistas darão à campanha da ex-ministra, mostrando que o único empecilho ao apoio era a pré-candidatura à Presidência do deputado federal Ciro Gomes (PSB), abortada na semana passada. Eduardo almoçará com o presidente nacional petista, José Eduardo Dutra, amanhã, em Brasília, para tratar do assunto. “Nós vamos ter uma conversa prévia que vai balizar a formulação de um documento com as contribuições que o PSB vai dar à campanha de Dilma Rousseff”, destacou o governador.
Eduardo, contudo, negou que a reunião com Dutra tenha como objetivo barganhar o apoio do PT a candidatos a governador do PSB nos estados onde os socialistas têm chance de vitória, a exemplo do Amapá, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. “Não teremos nenhuma conversa sobre acertos (dos palanques) nos estados, até porque o que não está resolvido dificilmente será equacionado através de uma intervenção”, ponderou. Apesar da negativa, as informações nos bastidores são as de que o PSB vai impor uma “fatura” aos petistas por ter rifado Ciro Gomes da corrida pelo Planalto e que essa compensação passa, sim, pelos apoios nos estados.
A entrevista de Eduardo Campos foi concedida em Teresina (PI), após o socialista ter assinado acordo de cooperação técnica com os governos do Ceará e do Piauí nas áreas de tecnologia da informação, tratamento de portadores de deficiência física e segurança.
POPULARIDADE
Defensor de uma eleição plebiscitária, o presidente Lula não esconde sua estratégia de vincular a Dilma Rousseff seus elevados índices de popularidade. “Não é uma questão de transferência de popularidade, já que ela (Dilma) ajudou, e muito, a construir essa popularidade, pela sua dedicação, pelo seu trabalho e pelo seu compromisso com esse projeto que está transformando o Brasil (...) O seu desempenho foi uma coisa excepcional. Ela foi meu braço direito no governo”, afirmou o presidente, em entrevista concedida ao jornal “Correio do Estado”, do Mato Grosso do Sul. “O que precisa ficar claro é que eu não sou o responsável único por essa popularidade. Há uma equipe excelente. Pela primeira vez, nos últimos 50 anos, estão combinando crescimento econômico com distribuição de renda e democracia política”, exaltou Lula, argumentando que, por meio desse trabalho, a aprovação da sua administração vem crescendo “consideravelmente”.
ARTHUR CUNHA(FOLHA DE PERNAMBUCO) com agências
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