A Procissão dos Passos, que acontece em Olinda há 236 anos, levou fá e tradição às ruas da Cidade Alta nesta sexta-feira (3).
Os sinos da Igreja da Sé anunciam a caminhada. À frente, no pendão da irmandade do Bom Jesus dos Passos, as iniciais SPQR, que significam "Salve o povo querido de Roma". Fiéis e turistas seguem o cortejo.
A procissão, que acontece em todo o mundo, relembra o sofrimento de Jesus até a morte no Calvário. Em Olinda, além da fé do povo, a cerimônia revela a beleza de espaços que ficam fechados durante todo o ano e só abrem durante a quaresma: são os nichos, pequenas capelas que lembram as estações da via sacra. Elas são mantidas por famílias que vivem em Olinda.
Das quinze estações, cinco ocorrem em frente aos nichos. O primeiro do caminho, com uma imagem de Jesus no Monte das Oliveiras, foi construído em 1809 e fica na Rua Bispo Coutinho, também chamada Rua Nova.
O segundo nicho está na lateral da igreja do Amparo. Lembrando a terceira estação, quando Jesus caiu pela primeira vez para logo depois encontrar a mãe, Maria.
A segunda queda é lembrada em frente ao terceiro nicho, nos Quatro Cantos de Olinda. Na Ribeira, o quarto nicho, em estilo colonial, tem uma imagem de Cristo carregando a Cruz, que antes era levada no andor da procissão.
O quinto e último nicho, que restou dos catorze que existiam no Sítio Histórico, está na Rua 27 de Janeiro. Nesse ponto, os homens que carregam o andor de 640 quilos lembram as três últimas quedas de cristo antes da morte.
Na igreja de São Pedro Mártir, a Procissão dos Passos termina. Segundo o padre Lino Duarte, a caminhada é um momento de reflexão. “O Cristo continua presente, também sofrendo no junto com a humanidade”, diz o religioso.
Da Redação do pe360graus.com
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