sexta-feira, 10 de abril de 2009

Médico denuncia ter sofrido agressão de PM no Hospital da Restauração


Um médico do Hospital da Restauração (HR) afirma ter sido agredido por um policial militar (PM) na noite da última quarta-feira (8), durante o plantão na unidade de saúde. Segundo ele, o soldado entrou armado na unidade, cobrando atendimento para um paciente que havia sido baleado.

O médico César Lyra contou que o policial militar de aproximadamente 40 anos entrou armado na unidade com mais dois colegas, que também seriam PMs, fazendo ameaças aos profissionais, caso eles não atendessem imediatamente o paciente que era irmão dele.

"Ele chegou apontando o dedo no meu rosto e segurando a arma que estava na cintura", relata Lyra, conforme comunicado enviado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Além dele, o médico Sátiro Neto, de plantão no local, teria sido empurrado pelo PM no momento da discussão.

“Os outros colegas convenceram ele a sair, mas ele saiu ameaçando a gente dizendo que iria nos encontrar lá fora”, recordou o médico.

Lyra, no entanto, garante que antes mesmo da reivindicação do policial, o parente dele já havia recebido atendimento adequado no hospital. "Por volta das 18h30, todas as medidas já haviam sido tomadas quanto ao paciente", garante. De acordo com Lyra, ao sair da unidade, o agressor voltou a ameaçar os profissionais.

O médico prestou queixa na Corregedoria da Policial Militar e comunicou o episódio ao Cremepe. "Estamos encaminhado um ofício à Secretaria de Saúde do Estado e à Secretária de Saúde do Recife para que sejam tomadas as providências cabíveis. A violência contra médicos não pode continuar", afirma o presidente do Cremepe, André Longo.

A assessoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) afirma que os casos serão investigados pela Corregedoria da Polícia Militar.

Em nota, a direção do Hospital da Restauração informou que possui um posto policial que funciona 24 horas por dia para garantir a segurança de médicos, funcionários, pacientes e acompanhantes. Além de 24 vigilantes de uma empresa privada em todas as entradas do hospital.

Da Redação do pe360graus.com

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