sábado, 4 de abril de 2009

Jarbas vê manipulação da PF


Não faltou Castelo de Areia - operação da Polícia Federal que expôs supostas doações irregulares de campanha feitas pela construtora Camargo Corrêa a diversos partidos políticos - na pauta do Congresso essa semana. Mas enquanto parte dos parlamentares dedicou-se a prestar solidariedade aos companheiros de bancada citados na investigação, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) atacou pelo lado contrário: o da Polícia Federal, responsável por deflagrar a iniciativa.


Para ele a instituição rendeu-se à influência política do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É a manipulação da Polícia Federal, uma instituição séria e respeitada, não pode se dispor a cumprir um papel desses. Excluir o partido do presidente da República, o PT, das maracutaias em que está sempre envolvido”, disparou o parlamentar.


Jarbas ecoou a indignação de vários congressistas com o fato de o PT, juntamente com o PTB e o PV, terem sido excluídos da listagem divulgada pela PF dos supostos beneficiados e reclamou do fato de as doações consideradas legais (declaradas ao TSE) serem alvo de questionamento. “É muito estranho esse episódio da Camargo Corrêa de trazer à tona doações feitas de forma lícita, de forma normal, a partidos de oposição e nomes expressivos de partidos da oposição. É incompreensível”, protestou o senador. O que se deve apurar, segundo ele, é a denúncia de superfaturamento na Refinaria Abreu e Lima, cujo orçamento, foi constatado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), sofreu uma elevação dos R$ 9 bilhões iniciais para R$ 23 bilhões. O relatório do TCU, para o peemedebista, põe luz em uma série de “trapalhadas, de ofensa à lei de licitação, de supostos atos de corrupção praticados pela Petrobras com relação à execução daquela obra”, externou.


O senador disse ainda que a opinião pública já entendeu que os políticos, sobre os quais recaíram suspeitas de recebimento ilícito de verba da Camargo Corrêa, caso do senador José Agripino Maia (DEM-RN), foram usados. “O importante agora é esta Casa se empenhar para, junto à Petrobras, acompanhar as irregularidades daquela obra lá no meu Estado”, sugeriu o ex-governador. As obras do empreendimento, no Complexo Industrial e Portuário de Suape estão com o cronograma atrasado. Apesar disso, o projeto, incluso no PAC, é uma das maiores bandeiras levantadas pelo Governo Lula e pelo governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), que deve concorrer à reeleição e ter como provável adversário o senador, caso ele se lance na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas. Fonte:FOLHA DE PERNAMBUCO

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